Hoje em dia é muito difícil ter uma ideia que seja totalmente inedita, ainda mais se a ideia for boa. Há tempos ando interessado na Betty Bop, aquela stripper sexy dos desenhos animados dos anos 30 do século passado. Os desenhos são divertidos, as músicas são maravihosas, a sensualidade dela é inspiradora mas… há algo no semblante daquela garotinha que me diz que ela não é feliz.
Pensando nisso, acho que eu seria capaz de escrever uma biografia não autorizada dela, caso ninguém ainda tenha pensado nisso. Contar por exemplo, que ela foi abandonada pelos pais alcoólatras ainda na infância; que era explorada sexualmente pelo seu colega e namorado Bimbo no começo de carreira; que ela teve de vender seu corpo para empresários inescrupulosos dos estúdios de cinema em troca de bons contratos e algum dinheiro; falaria sobre seu romance intenso com o Gato Felix (ele a traía com a Minnie Mouse), que gostava de ser amarrado na cama e surrado com sua maleta mágica; e contaria em detalhes seu triste fim por overdose de barbitúricos, numa clínica de recuperação para cartuns ultrapassados. Dizem as más línguas, que estava grávida do Pateta. Sua derrocada começou, todos sabem, quando Penélope Charmosa, ajudada por membros obscuros da Máfia, roubou o título de “mulher mais sexy dos desenhos animados”.
TIRAS
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O Bom e velho Cachorro
Uma ilustra para a GP