Spoiler de como será o desfecho da grande novela “Brasil 2016 – o Ano Zero”.
(Por favor, você que tá estrilando de ódio, saiba que esse é um texto de humor, ok? Sente, relaxe e pare de espumar. Tome uma água, ok? A vida é bela e não combina com essas veias saltadas no pescoço.)
Segunda-feira, 22 de março: Como era esperado, o juiz Moro ordena a prisão de Lula. Convulsão social, caos.
Terça-feira, 22 de março: Sabe-se lá por quais caminhos jurídicos, Dilma consegue que o STF emita ordem de prisão de Moro. A convulsão social vai ao extremo, o caos torna-se incontrolável.
Quinta-feira, 24 de março: Lula e Moro ficam presos na mesma cela. Inclusive formam dupla imbatível no truco.
Segunda-feira, 28 de março: O exército da Bolívia invade o Brasil, toma o poder e somos anexados àquele país. Toda a população tem que tirar nova carteira de identidade, o que torna um inferno a vida das pessoas.
Terça, 5 de abril: Escutas revelam que Dilma e Eduardo Cunha eram amantes. Descobertos, os dois fogem em um jatinho fretado para o Paraguai.
Sexta, 8 de abril: Neymar é convocado para a seleção da Bolívia.
Quarta, 13 de abril: Delcídio foge de motocicleta para o Uruguai e depois pega um voo direto para Ibiza, curtir uma rave, tomar ácido e rir da cara de todos.
Quinta, 28 de abril: Gilmar Mendes manda prender o presidente Evo Morales. O Brasil volta a ser Brasil. Celso de Mello manda prender Gilmar Mendes. Carmen Lucia manda prender Celso de Mello. Rosa Weber manda prender Carmen Lucia. Luis Fux manda prender Rosa Weber. Dias Toffoli manda prender Luis Fux. Lewandowski manda prender Toffoli. Fachin manda prender Lewandowski. Zavascki manda prender Fachin. Marco Aurélio de Melo manda prender Fachin. Barroso manda prender Marco Aurélio Melo e ordena ordem de prisão para si mesmo. O Judiciário está em polvorosa. Mas, antes, votam um adendo salarial chamado “bolsa cadeia”.
Sexta, 29 de abril: Tiririca assume a presidência, o último numa sequência onde sucessores vão sendo presos ou se escondem da polícia nos esgotos de Brasília.
Domingo, 1 de maio: Tiririca, o grande presidente da República, anuncia que governará o País a partir da tenda de um circo, porque se sente mais confortável lá.
Segunda, 2 de maio: O dólar baixa, as bolsas sobem, o consumo volta a crescer, a inflação diminui, o PIB aumenta, o Brasil se desenvolve como uma locomotiva econômica. Empresas voltam a investir no país, o desemprego cai, a miséria e as doenças são erradicadas, a educação atinge níveis japoneses. Uma sequência de acontecimentos positivos gera um período de crescimento que dura 10, 20 décadas, tornando o país um dos mais ricos e estáveis do mundo – a democracia assegura direitos iguais a todos e liberdade de expressão. A economia permite a população estabilidade suficiente para levar uma vida digna e confortável.
Domingo, 1 de maio de 2050: Uma estátua é erguida no centro do País em homenagem a Tiririca, o maior presidente da história do Brasil.
FIM