Nos anos 60 um sujeito bem vestido e perfumado chamado Joe Colombo liderou uma cruzada contra a estereotipação de imigrantes italianos que eram retratados como mafiosos em séries de TV como Os Intocáveis e filmes do James Cagney. Ele obteve conquistas importantes como o comprometimento dos estúdios em não associar termos como “máfia” e “Cosa Nostra” a italianos americanos, incluindo de O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, que estava em pré-produção. Colombo alegava que isso era discriminação e invenção da indústria do entretenimento, e que prejudicava os cidadãos ítalo-americanos “de bem”.
Colombo mobilizou a população e se tornou rapidamente uma das pessoas mais conhecidas dos EUA e líder da comunidade italiana, o Martin Luther King siciliano, diziam. Durante um discurso para uma multidão de simpatizantes em Nova York, foi alvejado com um balaço e ficou quase uma década em coma antes de morrer. A tentativa de assassinato foi coisa da própria máfia, provavelmente de um facínora chamado “Crazy” Joe Gallo.
Joe Colombo era um notório mafioso da Cosa Nostra, que ele dizia não existir, e chefe de Gallo na Colombo Crime Family, uma das cinco famílias mafiosas da Cosa Nostra que dominava os EUA. Colombo foi colocado como líder da organização depois de trair Joe Bonanno e Joe Profaci (todo mundo se chamava Joe… e ainda reclamavam de serem estereotipados!), que planejava matar Carlo Gambino, Gaetano Lucchese e o chefe da família Genovese para formar uma única família, sob suas ordens. Eles entregaram a tarefa a Joe Colombo, que abriu o bico sobre o plano para Gambino. Gambino acabou com Bonanno e conduziu Colombo a boss da família Profaci, renomeada para Colombo Crime Family, como é conhecida até hoje.
Claro que o PMDB não é uma família do crime (há controvérsias), mas quando vi uma foto de Sarney com o microfone em mãos, ao lado de Renan Calheiros, Michel Temer e, principalmente, “Crazy” Joe Cunha imediatamente me veio à mente a história de Joe Colombo, o líder da Cosa Nostra mafiosa que lutou contra termos como “Cosa Nostra” e “máfia”. A imagem dos líderes do PMDB, agora numa cruzada contra a corrupção, é de fazer vomitar. Isso não é uma tapa na cara do brasileiro… é um croc no cocuruto.
A sociedade escolheu trocar o partido mais corrupto da história pelo que é corrupto há mais tempo. É o conservadorismo mantendo as tradições no lugar onde ela têm que estar.
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Charges de 2013 e 2014 sobre PMDB, publicadas nos jornais gazeta do Povo e Folha de S. Paulo.
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Assim como os petistas levaram o PMDB goela abaixo quando votaram na Dilma, a direita levará também o PMDB goela abaixo. O PMDB nunca deixa o poder, impressionante!
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