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DOURANDO PÍLULAS

reprodução alltribes.blogspot.com

PEDACINHO DE CÉU

Bem que poderia ter ocorrido lançamento simultâneo, mas vai entender, né? “Vagarosa”, segundo disco da cantora e compositora Céu (foto), teve os EUA como primeiro mercado. No Brasil, o álbum chega às prateleiras no início de agosto através do selo Urban Jungle em parceria com a Universal, que ficará responsável pela distribuição e marketing. “Vagorosa” tem 13 faixas autorais e mantém a inquietude estética de Céu, que agregou elementos interessantes à sua sonoridade. Recentemente foi disponibilizado na rede o EP “Cangote” com quatro músicas do novo projeto. Numa delas, “Bubuia”, dá pra sacar que vem coisa boa por aí. Tudo leva a crer que, depois de cinco anos ausente dos discos, Céu vem com boas informações. No exterior ela é incensada. O disco de estreia vendeu 200 mil cópias e conquistou o primeiro lugar na parada de world music da revista Billboard. Volto a falar sobre Céu. Com muito prazer! Até lá, “Bubuia” pra vocês. Ouçam a faixa e deixem comentários.

ROBERTO NO MARACANÃ

Não assisti ao show do Roberto Carlos, sábado. Quem me acompanha pelo blog sabe que tenho alguns “senões” em relação ao “rei”. Claro que RC me atravessou musicalmente muitas vezes. Tenho respeito pelas nuances do mito, mas não vejo muita graça na atual produção. Bom, dizem que foi bonito e comovente o show no Maracanã. Célia Musilli, jornalista e poeta de grande brilho, escreveu algo bem tocante e sensível a respeito do show em seu blog . O espaço da poeta chama-se Sensível Desafio.

PRIMÓRDIOS DE ELBA

Elba Ramalho tem 30 anos de estrada. Boa boa estrada, por sinal. No embalo das comemorações de três décadas de carreira, a Universal Music está relançamento quatro discos de sucesso da intérprete paraibana: “Alegria” (1982, quando tornou-se uma das mais populares cantoras do Brasil), “Coração brasileiro” (1983, resultando um show antológico que a consagrou como estrela de primeira grandeza), “Do jeito que a gente gosta” (1984, em que usou e abusou dos metais e teclados, numa mistura interessante; teve até proibida a radiofusão de “Nordeste independente”, tanto que o disco veio lacrado) e “Fogo na mistura” (1985, quando o Brasil inteiro cantou “De volta pro aconchego). Os ábuns foram remasterizados. Preservados foram também os materiais gráficos originais. Os textos são do jornalista e pesquisador Rodrigo Faour. Muito bem! Agora, boas intenções haveria se toda a discografia de Elba Ramalho – um pouco difusa sonoramente na virada de 80 para 90, convenhamos – tivesse o mesmo tratamento. “Ave de prata”, o primeiro, é um marco. Vontade e disposição nunca são demais, certo?

Divulgação- autoria não informada

ANA CAROLINA DÁ TOQUES

Ana Carolina (foto) já manda sinais. Ou melhor, toques. Uma empresa de telefonia celular disponibilizou aos clientes- e um deles “jogou” no YouTube – a faixa “Dentro”. Assim, sabe? Não gostei muito! Áudio terrível, mas para quem é fã da cantora e compositora mineira tudo vale a pena. A música, obviamente, fala de amores revirados. Gosto da Ana, mas me pergunto quando em vez: ela sofre tudo aquilo que compõe e canta? Nossa… “Dentro” integra o novo disco de inéditas, a ser lançado em agosto. Uma das novidades é o dueto de Ana com John Legend, soulman norte-americano, em “Entreolhares” (parceria com Totonho Villeroy). Vamos aguardar.

TERNURA AUDIOVISUAL

Um disco tão bonito e premiado tinha que ter DVD por extensão. Wanderléa fez registro audiovisual de “Nova Estação”. Será lançando em outubro pela Lua Music. Gravado em 28 de junho no teatro FECAP, em São Paulo, o projeto tem como convidados Arnaldo Antunes (“Se tudo pode acontecer”, de autoria dele) e do grupo Ó do Borogodó, no pot pourri “Choro chorão/Uva de caminhão/ Brasileiro”.Johnny Alf deveria ter participado das gravações. Não deu. Está com problemas de saúde sério. O DVD vem com canções não incluídas no disco. O projeto vem com força porque Wanderléa sabe o quanto é grande. Em todos os sentidos!

www.angelaroro.com.br

OS PLANOS DE RO RO

Entrevistei recentemente a deliciosa Angela Ro Ro (foto), por quem sempre tive admiração. Conversa longa, boas risadas.Ro Ro está mais afiada que nunca. Inteligência e irreverência a toda prova. Pois bem, a cantora e compositora carioca está comemorando 30 anos de carreira e 60 de idade (no final do ano). Não haverá nenhum disco para marcar as datas. Em compensação, há vários shows agendados. E projetos a serem colocados em práticas. Um em especial: juntar-se à cantora Zizi Possi no mesmo palco, independente de datas redondas. Uma cantando músicas da outra. Pois é… Sem comentários. Em breve vou postar a entrevista com essa senhora artista, que sempre foi uma tremenda compositora. Já ouviram “Mares da Espanha” ou mesmo “Isso para a dor” ? Clássicos são clássicoos, mas há muitas maravilhas a se descobrir na discografia de Ro Ro. Ah, sim: “Ao vivo”, de 2006, é o mais recente disco da artista. Tem um DVD na parada também. Sob chancela da Indie Records.

ELA!

Demorou para a fichar cair. A Universal Music resolveu relançar em DVD “As canções que você fez pra mim” (1994). Histórico. Afinal, Maria Bethânia se reposicionava como grande vendedora – um milhão de cópias – num disco antológico em que interpreta canções de Roberto e Erasmo Carlos. Rendeu até um álbum em espanhol. Pois bem, o espetáculo. Assisti em Curitiba, achei Bethânia um pouco parada no palco, mesmo com voz arrebatadora. A direção foi de Gabriel Vilella. Que fez o favor de deixá-la sem muitas – ou quase nada – movimentações cênicas. Repertório impecável. Roteiro bem desenhado. Saiu em VHS e agora digitalizado ganha um brilho a mais. Justiça seja feita: a direção do filme, feita por Walter Salles e Andrucha Waddington, conseguiu dar dinamismo ao que em cena poderia ter rendido muito mais. Bem mais. Outros diretores teatrais souberam e sabem trabalhar melhor com a grande senhora dos palcos.

Para quem quiser conferir o material de divulgação, clique aqui

MULATA DO JAZZ

Elza Soares, maravilhosa, finalmente vai lançar um disco de jazz. Já está em gravação. O álbum, ainda sem título, tem tudo para atingir no mercado internacional – aliás, Elza, viveu um bom tempo cantando no exterior, quando as gravadoras brasileiras passaram absurdamente a ignorá-la. O repertório contempla standards como “All the way”, “Summertime” e “Strange Fruit”. Tem mais surpresa, por enquanto nada é revelado. Provavelmente Ed Motta faça uma participação. O que vem de Elza é abençoado. Ela é uma das poucas intérpretes brasileiras que passam por todos os estilos sem quebrar telhas. O sol sempre ensolararará a estrada dela.

Divulgação/autoria não informada

O AMIGO DO CHARLIE BROWN EM DVD

Na década de 70, ele tomava conta das rádios AMs com seus sambas abolerados. Há quem “enxergue” algo de jazz nas harmonias do piano, que contribuíram para o chamado “samba jóia”. Humpf! Outros ainda o consideram o precursor dos pagodeiros atuais. Rótulos não faltam a Benito de Paula (foto) . O cantor e compositor fluminense foi um dos maiores vendedores de disco do país e sempre demonstrou publicamente sua adoração por Luiz Gonzaga e Chico Buarque, homenageados em dois sambas compostos por ele. O rótulo “brega” começou a se desfazer quando cantores e compositores da linha de frente da MPB regravaram alguns de seus clássicos: Zeca Baleiro, Paulinhos Moska, Rita Ribeiro e até Maria Bethânia. E, claro, os os grupos de pagode. Virou cult!! Ta certo… O fato: depois de 13 anos de lançamento de seu último CD – ao todo são 26 títulos -, Benito assinou com a Sony e vai gravar um DVD com seus grandes sucessos. Ao vivo. Lá estarão “Charlie Brown”, “Mulher brasileira”, “Retalhos de cetim”, entre outros. Particularmente gosto de “Do jeito que a vida quer”. O samba de Benito – ou Uday Veloso, 67 anos -, atravessou muito gente. Alguém se lembra de algum em especial? O que acham de Benito?

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Por enquanto é só, pessoal. Volto a postar com mais frequência. Espaço aberto aos comentários, ok?
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