Acento jazzístico, um pouco de bom pop. A moça vem chegando de mansinho e marcando território. Pois bem, está oficialmente lançado o segundo disco da cantora e compositora Ana Cañas. Chama-se “Hein?” .
Autoral, com exceção da releitura de “Chuch Berry Fields Forever”, composta em 1977 por Gilberto Gil. Que , de quebra, toca violão no clássico rock composto para o não menos memorável Os Doces Bárbaros – grupo em que ele, mais Caetano, Gal e Bethânia reviraram conceitos estéticos.
Ana Canas, paulistana de 28 anos, criada musicalmente nas jam sessions de São Paulo, compôs 11 faixas com Arnaldo Antunes, Dadi, Fabá Jimenez e Flávio Rossi e Liminha (também produtor do álbum).
Só dela são: “Na medida do impossível” e ‘Esconderijo” – essa última disponibilizada na rede. O álbum sai pela Sony Music. “Hein?” chegou oficialmente às lojas nesta segunda, 20 de julho de 2009.
A intérprete tem um timbre bonito. Extensão interessante também. Insinua-se um pouco ao pop, mas mantém-se acima da média de cantoras novatas ligadas mais à atitudes do que propriamente a estética. As nuances jazzísticas são o diferencial da trajetória de Ana, bem saudada em “Amor e caos”, primeiro disco, de 2007.
Olha que interessante isso: a artista só veio tomar contato com a obra de Ella Fitzgerald quando tinha 22 anosde idade. Gostou. Buscou aprimoramento artístico também na voz da grande senhora do Jazz. Outro detalhe: formada em artes cênicas, ela se encontrou no palco como intérprete de música.
É uma contralto com boas performances vocais. “Apesar de cantar jazz, eu não sou uma jazzista, Jazz para mim significa liberdade”, disse Ana no vídeo promocional do disco de estréia. Em outras palavras, o barato dela na mistura de linguagens musicais.
Volto a falar mais sobre “Hein?”. Por enquanto, “Esconderijo” . Um detalhe no vídeo talvez mostre a vontade de Ana em firmar uma carreira sólida: no pé, está tatuada a frase “andar com fé eu vou”. Então, tá!
Mais informações sobre a artista no www.myspace.com/anacanas
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