Caetano fala, vira fato. Cai e vai parar no YouTube. Chamou o barbudo da língua presa de “analfabeto e cafona”. Votou nele! Agora o velho Caetano, o fulano, o mano deu pra despencar do palco. Estabacou-se pela segunda vez em 2009. Às vezes falta chão pra Velô.
Primeiro tombo: “Por isso essa força estranha…”, cantava meigamente e de uma queda foi ao chão. Brasília, maio. O violão gemeu alto. Segundo: “Eu sou neguinha”; tava com graça quando rolou no palco. Sampa, novembro. Levantou-se e continuou cantando como num gesto hippie, um desenho estranho.
Caetano por vezes é um chato, uma mala de couro forrada com pano forte, brim cáqui. Mas necessário. O leão de fogo não perde as presas nem as garras – da felina? Caiu novamente. E Aristóteles ainda segura a cabeça do Ocidente.
Disse Veloso – ainda – que Luiz é “grosseiro”. Dilma não gostou das declarações. A tropa de elite rogou palavras de ordem e e pragras. Parece que deu certo. Gente que vibra mal faz qualquer um despencar. Levanta, Caetano!
Pretende pretende votar em Marina Silva “porque ela é meio preta, é uma cabocla, é inteligente com o Obama”. Tava perguntado: Caetano é neguinha? É um bom frasista. Produziu clássicos. Declarou ser ACM um homem sexy e o beijador de rosas um pusilânime. Je Vou sallue Marie!
Ao seu jeito pede desculpas. Ao primeiro, foi beijar a mão. Ao segundo, gravou “Fera Ferida” e tudo certo como dois e dois são cinco. Noves foram ambos gravaram um CD e DVD em homenagem ao maestro brasileiro.
Sobre o “analfabetismo” de Lula, dias depois fez um mea culpa: “Sua fala tem competência – e ele, como eu próprio disse na entrevista – é um governante importante. Mundialmente está reconhecido como alguém que chegou lá e foi além do esperado”. Ah, essas comadres…
Velô desabou novamente. Que coisa, né?! A queda nem rendeu tanto assim; as palavras espalharam-se aos quatro ventos. E pensar que Caetano não gosta da imprensa. Engraçado! Não gosta, mantém relações distantes, mas a utiliza como tribuna. Para atacar e se defender. E o correspondente do The New York Times, ao que consta, nem tchuns para os entreveros de Cae com Luiz Inácio, o filho do Brasil.
Quando era o dono do tabuleiro, Zé Dirceu quis banir o jornalista norte-americano por dizer que Lula gosta de manguaçar. O repórter – olha só – falou que Caetano usava vestidos. Zé caiu na lama. Caetano foi ao programa do gordo falador e soltou os cachorros. Ficou macho! E o correspondente não despencou do salto. Caetano fala demais. Briga demais. Tem chiliques demais. Pitis em excesso. Com Paulo Francis a coisa foi rente ao chão – chamou o dito cujo de boneca travada. Okê Cae!
Aqui no Paraná, o homem grande despencou do palanque junto com a papagaiada. Gente que mistura chiclete com bananas merece levar um tombo quando em vez. Caetano jamais faria uma comparação tão estúpida e louca com a sua, Maria! Os homofóbicos caem como dentes podres.
Caetano despenca cantando. Nas bandas nossas, uns e outros quando não despencam dão para tropeçar no aposto mais recorrente.
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Espaço aberto
* Qual o peso das declarações de Caetano?
* Quem merecia “despencar” do palco, do palanque ou do salto?
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