“Mas se o homem, esse único, não fosse artista… não sentisse enfim necessidade de arte, então quando ele falasse nos espantaria. Ele diria as coisas com a pureza de quem viu que o rei está nu. Nós o consultaríamos como cegos e surdos que querem ver e ouvir. Teríamos um profeta, não do futuro, mas do presente. Não teríamos um artista.Teríamos um inocente. E arte, imagino, não é inocência, é tornar-se inocente”
(Clarice Lispector, “O Artista Perfeito”, 1969. Fragmento reproduzido do encarte do disco “Quando o Samba Acabou”, de Carlos Navas)
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