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A briga de popularidade nos campos de batalha

Fotos: Divulgação
Inspirado em Call of Duty, Battlefield 3 é ainda melhor quando jogado em grupo

O jogo de tiro em primeira pessoa a ser batido é Call of Duty. Ano a ano bate recorde de vendas e lidera os rankings dos mais jo­­gados pela internet. Poucas produtoras demonstram ousadia para tentar destronar COD. Uma delas é a Dice, em parceria com a Eletronic Arts, que vem desen­­vol­­vendo com paciência a série Battlefield.

Nascido em 2002 e focado na disputa on-line, Battlefield foi se transformando para ficar cada vez mais parecido com o líder do setor. Incluiu campanhas com mais ação para um jogador, “roteirizou” a história e saiu dos campos da Segunda Guerra Mun­­dial para promover batalhas em guer­­ras atuais. A comparação entre os dois jogos é necessária, já que diz muito sobre as mudanças dos jogos de tiros, mas também pode ser falaciosa e maniqueísta, pois pode levar a conclusão que só um pode se sobressair. Battlefield 3, lançado recentemente para PC, Xbox 360 e Play­­station 3, é um bom exemplo. Além de ser uma excelente experiência, vende muito. Só na primeira semana de lançamento mais de 5 milhões de cópias fo­­ram vendidas. É o game da sé­­rie, que conta com mais de dez ver­­sões, com maior sucesso co­­mercial até o momento.

A história é o básico do básico. Uma liga liderada pelo Exército americano tenta despachar os russos numa possível invasão ao Oriente Médio. Uma boa desculpa para curtir muitas horas num cenário de guerra em alta definição. Sim, o que mais chama atenção em Battlefield 3 são os gráficos super detalhados com imensos mapas. O motor gráfico Frost­bite 2 consegue tirar o máximo de texturas e efeitos de luz.

Principalmente na versão pa­­ra computadores que, com um belo investimento em hardware, mostra partículas de fumaça realísticas entre tantos outros efeitos de deixar com a boca aberta.

O Frostbite 2 também permite uma maior interação no cenário, que pode ser destruído de di­­versas maneiras. Aquelas caixas que nunca quebram e vidros que não se despedaçam com ti­­ros de bala são coisas deixadas pa­­ra traz. Os desenvolvedores criaram um ambiente insalubre. É preciso analisar bem o entorno antes de se esconder, pois o teto (ou árvore, cobertura…) pode cair na cabeça do jogador. Outra característica da série é o uso de diversos veículos. Agora há uma missão dentro de um caça. O avião não pode ser manobrado, infelizmente, resta ao jogador a função de mirar para abater inimigos.

Na campanha principal para um jogador não há nada muito inovador. Com pouco mais de seis horas pode-se se chegar ao final. A inspiração em COD fica evidente, com trechos de missões extremamente automatizadas.

O jogador deve somente atirar quando solicitado. Mas Battle­­field 3 é pra ser jogado em grupos. A novidade fica para a adição de um modo cooperativo para duas pessoas que conta com um inteligente sistema de evolução que premia o jogador com itens únicos para cada classe de soldado.

O multiplayer segue sendo referência no meio com seus ce­­nários imensos, ranqueamento diversificado e servidores sempre prontos para atender a toda a demanda. Mesmo assim não con­­segue destronar a popularidade de Call of Duty. Na última lis­­ta divulgada pela Xbox Live, Bla­­ck Ops, de 2010, e Call of Du­­ty: Modern Warfare 2, de 2009, permaneciam no topo dos multiplayers mais jogados. Mas isso realmente é importante?

* Texto publicado no caderno de Tecnologia da Gazeta do Povo

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