

Neste momento mais de mil textos sobre o show do Radiohead no Brasil já devem ter sido publicados na internet. Segundo estimativa deste blogueiro, pelo menos 99% devem ter tentado mostrar como a banda é genial, insuperável, marcante, necessária e imperdível.
O jornalista, blogueiro e amigo Diogo Dreyer compareceu em São Paulo para ver os músicos cabeças. O texto descritivo abaixo mostra o “outro lado” do show. O que os fãs têm que se sujeitar para ficarem mais perto destes grandes artistas. Vale cada linha:
“Início promissor. Radiohead no Brasil, ingressos vendidos com bastante antecedência. Organização exemplar, logo me ocorreu. Mas essa impressão começou a mudar já na hora da compra do ingresso. R$ 200? Um roubo. No Chile, as entradas (que acabaram em dois dias de venda) custavam entre R105 e R$215. Na Argentina (com ingressos esgotados em horas) R$ 150. No México, tinha setor que custava míseros R$ 36, sendo que a entrada mais cara saía por R$ 172.
Compra pela internet? Mais pilantragem. R$ 40 a título de “taxa de conveniência”. Conveniência para quem? Certamente não para o comprador. Basta dizer que caso eu quisesse que os ingressos fossem entregues em minha residência, teria que desembolsar outros R$ 8. Preferi eu mesmo pegá-los.
Dia do show, São Paulo. Ameaça de chuva. Lembranças do Claro que é Rock!, 2005. Lama e sujeira por todo o lado devido às chuvas. Sorte de todos que, dessa vez, a água ficou só na ameaça.
E ninguém avisou à produção que a longínqua região do local escolhido estaria em obras? Congestionamento monstro em pleno domingo para se chegar à Chácara do Jockey. Vencido esse percalço, mais uma facadinha no bolso. Insólitos R$ 35 para parar o carro em um morro escuro e lamacento. Apenas uma entrada e uma saída para pelo menos 5 mil veículos. Tudo de acordo com a proposta ecológica de show com compensação de carbono do Radiohead.” Leia o texto completo no blog Musicness
Alguém vai ver pela TV?