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Batman: do asilo para a favela

Fotos: Divulgação
Arkham City, o novo jogo do Batman, tem mais de 30 horas de jogatina, com quase total liberdade de exploração de cenários

O Cavaleiro das Trevas está de volta em mais um jogo de alto nível. Dois anos depois do sucesso de Batman: Arkham Asylum, que vendeu 4,3 milhões de cópias e redefiniu os jogos com super-heróis, Arkham City mostra que a mudança conceitual do universo da DC, muito mais sombrio e menos colorido, foi uma escolha acertada comercialmente. O bom desempenho en­­tre o público do filme dirigido por Christopher Nolan, com a atuação superestimada do falecido Heath Ledger no papel do arqui-inimigo Coringa, também, é verdade, ajudou a recolocar o herói de cuecas entre os preferidos dos adolescentes. Mas há uma grande diferença aqui: o filme é medíocre, já o desempenho nos videogames, principalmente com o último lançado para Xbox 360, Playstation 3 e, em bre­­ve, no PC, é uma experiência muito mais interessante.

A história de Arkham City se passa um ano após os acontecimentos do jogo anterior. O ex-diretor do asilo de Arkham Quin­­­cy Sharp ganhou fama ao prender o palhaço-bandido e capitalizou o feito para se tornar prefeito de Gotham City. Sem estrutura para manter os presos na prisão ou no asilo, Sharp re­­solve murar uma favela para jogar todos os grandes criminosos lá. Pinguim, Duas Caras e Mu­­lher-Gato estão presentes. Batman discorda da medida e passa a fazer patrulhas frequentes no gueto criminoso, agora chamado de Cidade Arkham. E é lá que se passa quase toda a aven­­tura. E esse é o grande diferencial que faz o lançamento su­­plantar o antecessor.

Arkham Asylum se passava, como o nome sugere, dentro de um asilo, com corredores claustrofóbico. Batman tinha que se esgueirar entre tubulações e grades. No novo jogo, no entanto, os cenários são imensos e completamente livres para serem explorados, no melhor estilo “sand box”.

O argumento principal não é lá muito inspirador e nem deve ser levado muito a sério. Mas serve de pano de fundo para que o jogador controle um personagem com uma dezena de habilidades para conseguir terminar as mais de 30 horas de jogatina, incluindo missões extras, com quase total liberdade de exploração de cenários. Batman pode pla­­nar pela favela ampliando ainda mais a sensação de liberdade. Basta subir no alto de uma edificação, saltar e abrir as asas. Para aumentar ainda mais o “tempo de voo”, pode-se usar o “batcinto” para jogar um arpão em alguma parede e pegar um novo embalo.

Um das características do jogo é combinar de forma espetacular a ação de combate com momentos furtivos, em que é preciso sutileza para derrubar um inimigo ou encontrar itens importantes para resolver algum enigma da trama. Além disso, o jogo evoluiu graficamente, com texturas em alta resolução que tornam quase perfeitas as simulações de superfícies como plástico, concreto e borracha. Muito importante para personagens que usam máscaras.

Arkham City só peca em não trazer nenhum tipo de disputa on-line em modo cooperativo. Sim, não vai dar para sacanear nenhum amigo colocando-o na pele de Robin. Porém, há muitas ferramentas para ampliar ainda mais o tempo de duração do jo­­go, como o “New Game+”, que permite refazer toda a campanha principal mantendo a experiência e itens do personagem. A dificuldade tam­­bém aumenta.

O sucesso do jogo anterior ajudou a tornar Arkham City um dos lançamentos mais desejados de 2011, com dois milhões de vendas somente no dia de estreia. Só a reputação, no entanto, não conseguiria fazer as vendas se manterem aquecidas após as primeiras análises (todas positivas). A tendência é se tornar um dos jogos mais vendidos do ano e aumentar ainda mais o “hype” para um terceiro jogo da série.

* Texto publicado no caderno de Tecnologia da Gazeta do Povo

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