Em setembro começam as especulações sobre os melhores jogos do ano e o provável “Game of the Year”, aquele que fatura a maior parte das premiações. Apesar de ainda estarem por vir grandes jogos como Call of Duty: Black Ops, Halo Reach e Gran Turismo 5, a critica já vai traçando um panorama dos lançamentos mais importantes desde janeiro e aqueles com previsão de chegar ao mercado até os últimos dias de dezembro. Metroid: Other M, disponível para Nintendo Wii, era até então um destes títulos cujos críticos estavam de olho. Prometia ser um dos grandes destaques e com chances de arrebatar muitos prêmios e se igualar a Uncharted 2, que fez a limpa no ano passado.
Mesmo sem colocar a mão em Metroid, já se poderia afirmar de antemão que a disputa não seria tão fácil este ano. Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, nos quais os grandes títulos eram lançados no segundo semestre, o queridinho da crítica de 2010, Mass Efect 2, chegou as prateleiras em janeiro e, desde então, vem derrubando bons competidores – entre eles, Heavy Rain, Alan Wake e Super Mario Galaxy 2.
Considerado uma das principais franquias da Nintendo, assim como a protagonista Samus se tornou garota-propagada da empresa – os jogos da série Metroid não costumam ser campeões em vendas. Mesmo assim, acabou se tornou sinônimo de qualidade. To dos os jogos sempre levam boas notas na mídia especializada desde a primeira aparição, em 1986, no NES.
Os investimentos não foram poucos desta vez. Foi contratada uma equipe de mais de cem pessoas para tentar criar o melhor jogo do ano. Contou, inclusive, com apoio da experiente e conceituada Team Ninja, conhecida pela respeitada série Ninja Gaiden – da antiga rival Tecmo. Os desenvolvedores tiveram muita liberdade para contar mais um capítulo da história da caçadora de recompensas Samus. E eles mexeram em quase tudo.
A mudança mais visível foi na escolha do ponto de vista. Other M retorna à movimentação tradicional da séria em 2D, tornando-se uma experiência de aventura em plataforma. Os controles foram bem simplificados, tanto que nem é preciso usar o acessório nunchuk. Basta que o jogador use o Wiimote na posição horizontal, com as duas mãos, para se locomover no cenário, saltar, atirar em adversários, se transformar em uma bola e coletar itens. A boa sacada foi que a equipe não abandonou totalmente a câmera em primeira pessoa tão elogiada na trilogia de Metroid Prime. Para passar em muitos desafios será necessário mudar a o forma de segurar o controle, colocando-o na vertical e, com isso, passa-se a ter uma visão subjetiva do cenário (sem o personagem). Esta posição permite Samus disparar mísseis e realizar alguns quebra-cabeças. A falha evidente é que o personagem não pode se movimentar enquanto o controle estiver na vertical.
Já a história interessa mais quem acompanha a série há al gum tempo. A Nintendo investiu pesado, talvez até excessivamente, na criação de animações gráficas para contextualizar o jogador. Other M situa-se entre os acontecimentos de Super Metroid (Snes) e Metroid Fusion (Gameboy Advan ce). Após eliminar piratas espaciais, Samus é enviada para uma estação espacial aparentemente abandonada. Com ajuda de colegas soldados, precisa explorar muitos mapas para saber o que aconteceu no local.
Metroid continua mantendo elevado o refinamento técnico e de jogabilidade da franquia, uma das poucas que pode se gabar de não ter um jogo ruim. Porém, ficou faltando mais imersão para que conseguisse desbancar outros grandes títulos lançados neste ano. Revi gorar a série com uma mudança nos controles foi uma boa sacada, mas ainda precisa ser melhor estudada para que a ação tenha mais fluidez. Além disso, a Nintendo exa gerou na quantidade de animações gráficas não jogáveis para tentar preencher algumas lacunas da história de Samus.
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