O título é um resumo da previsão dos que encampavam a ideia, que hoje parece ainda mais pré-histórica, de que o jornalismo só poderia ser feito por bacharéis. Um ano depois da acertada decisão do STF em acabar com a obrigatoriedade do diploma nas redações deste Brasil, um dos únicos países que adotava tal modelo, não se vê a onda de demissões propalada muito menos a queda abissal na qualidade dos veículos.

CARREGANDO :)

Arrisco dizer que, se não está melhor, pelo menos está exatamente como era. Ninguém morreu, mas as viúvas ainda choram. E, para relembrar um ano da finada decisão, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor) sairá às ruas nesta quinta-feira na tentativa de conseguir a simpatia da população para que a obrigatoriedade volte a reinar.

De minha parte, só posso dizer para o leitor tomar muito cuidado. Jornalista gosta de agir pelas beiradas e, com um discurso oblíquo, pode acabar convencendo os mais ignorantes de que o artigo primeiro do código de ética dos próprios jornalistas é algo que nunca foi seguido, lido ou escrito. E, por certo, deve ser completamente ignorado:

Publicidade

“Art. 1º O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação.” Fonte.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), fonte do link acima citado, declarou que o fim da obrigatoriedade “desobstruiu ainda mais o caminho para o grande empresariado do setor prosseguir precarizando as relações de trabalho, em nome de uma liberdade de imprensa e de expressão que os barões da mídia só defendem quando lhes interessa”.

E o código de ética interessa a quem?

– Manja o Twitter? Estou por lá provisoriamnete