Como lembrei na primeira linha do meu post de estreia: “Blog novo e discussão antiga”. Minha função aqui não é trazer à tona novos temas nem bater o martelo em imbróglios remotos. Até porque não tenho função alguma aqui. Quero discutir o que me der vontade, por mais brega que seja, como uma listinha top 10. Então vai funcionar assim: começo com o décimo colocado e vou subindo, um por semana, dia indefinido, até chegar lá. Tem espaço para sugestão. Então aproveite e mande sua dica nos comentários lá embaixo.
A primeira das listas (dançou, vão ter mais coisas óbvias pela frente) é uma seleção das melhores cenas musicais em filmes assistidos por mim, por motivos claros. O filme não precisa ser necessariamente um musical. Os critérios são simples: cantou, dançou ou sapateou está dentro. Se contar com um ator canastrão terá mais chances de aparecer, como…
Jean-Paul Belmondo só precisou ficar calado para entrar na décima colocação das dez melhores cenas musicais já feitas. Com chances de aparecer novamente. Ao lado dele em “O Demônio das Onze Horas” (Pierrot le fou) estava a belíssima Anna Karina, fazendo biquinho para cantar uma declaração de amor não duradouro.
A dupla interpreta um casal doidão que acaba se “metendo em muita confusão”, no melhor estilo Sessão da Tarde. Anna trai o ator-fetiche de Jean-Luc Godard. O corno tem uma ideia genial: enche a cabeça de dinamite e explode tudo. Algumas cenas imperdíveis no meio disso tudo. Entre elas a nossa décima colocada. Só não ganhou o Festival de Veneza de 1965 porque Godard foi conservador e não colocou nenhum robô, zumbi ou macaco no filme.
“Jamais je ne t’ai dit que je t’aimerai toujour” é o nome da música.
Então é isso. Tem dicas? Envie pelos comentários do blog. Só não mande sugestões com porcarias, no estilo “Casamento do Meu Melhor Amigo”, “O Máskara”, “Juno”…