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O tempo pode ter dado, mais uma vez, razão pa­­ra as avós, sempre tão preocupadas.

Diversos relatos dão conta que o próximo videogame portátil da Nintendo, o 3DS, estaria provocando náuseas nos jogadores. “Viu, não falei que você iria passar mal de tanto jogar?”, diria retoricamente uma avó mais revanchista. Os relatos de jogadores que sentiram algum mal-estar após passar poucos minutos com o portátil que promete 3D real sem o auxílio de óculos não foram poucos.

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Começaram a ganhar repercussão há algumas semanas, durante um evento no Japão, quando foi possível fazer os primeiros testes rápido com os aparelhos.

Foi o suficiente para o jornal japonês Friday publicar uma série de depoimentos de usuários que disseram ter sentido tonturas, fadigas nos olhos e enjoos quando o sistema em terceira dimensão estava ativado – há um seletor que desliga a função. Um dos entrevistados pela Friday afirmou que bastaram cinco minutos para que começasse a sentir os olhos exaustos. Para se proteger judicialmente, a própria Nintendo teria estampado nas caixas um aviso de que não é aconselhável o uso a crianças menores de 6 anos, pois o aparelho poderia pre­­judicar o desenvolvimentos dos nervos ópticos.

Em um comunicado anterior, a Nintendo já havia desaconselhado que se jogasse com o console em ambiente com muito movimento, como ônibus ou metrôs. Afirmou que a maneira correta seria manter o portátil estático, em uma mesmo posição. Mas, calma lá, não estamos falando justamente de um portátil? Pois é.

Os relatos, no en­­tan­­to, não fo­­ram suficientes para diminuir a curiosidade e a expectativa. O que le­­vou a Big N a realizar uma conferên­cia nos Estados Uni­­dos na última se­­mana para apresentar diversos detalhes técnicos. A pergunta mais urgente era saber, afinal, quando a nova aventura da Nintendo no mundo dos portáteis, no qual reina absoluta desde o nascimento do Gameboy, chegaria às prateleiras do ocidente. Não falta muito. Em 27 de março os norte-americanos farão aquelas famosas filas quilométricas atrás de um exemplar que custará U$ 250, um preço elevado para o segmento da indústria, e estará disponível em duas cores: Aqua Blue e Cosmos Black.

Terá duas telas. A superior, wide, com resolução de 800 x 240 pixels para compor uma imagem 3D real de 400 por 240 pixels. A tela inferior manterá os padrões do DS com 320 por 240 pixel e sensível ao toque. A caneta ficou um pouco maior e foi acrescentado um botão analógico. O novo videogame trará três câmeras. Uma frontal, para inserir a imagem do jogador em games, e duas traseiras, com possibilidade de fazer brincadeiras com realidade aumentada (projetar objetos virtuais em ambientes reais) e fotografar em 3D. In­­clua ainda acelerômetro e giroscópio. Ponto fraco é a bateria de curta duração, com previsão de, no máximo, 5 horas de jogatina.

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Como vem se tornando pa­­drão, o videogame virá com uma loja online que dará acesso a jogos completos atuais e clássicos do Gameboy e Gameboy Color. Nada foi falado sobre uma possível compatibilidade com o Game Advanced. Haverá compatibilidade total com os jogos do DS.

A linha inicial de jogos também impressiona pela quantidade de grandes franquias. Vale destacar: Kid Icarus Uprising, Mario Kart, nintendogs + cats, Resident Evil: The Mercenaries 3D, Star Fox 64 3D, Super Monkey Ball 3D, Super Street Fighter IV 3D Edition e The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D. Além de jo­­gos, haverá programas para ou­­vir músicas, fotografar e criar avatares.

No resumo dos acontecimentos, houve uma certa preocupação inicial com a possibilidade de se ter que jogar acompanhado de medicação contra náuseas. Mas os detalhes técnico que fo­­ram sendo revelados ao longo da conferência serviram apenas para tornar ainda mais longos os dois meses que ainda restam para a chegada do Nintendo 3DS.