Olha a boa notícia que chegou no final da noite de ontem e eu repasso para todos os que gostam de boa música:

CARREGANDO :)

André Mehmari & Marília Vargas

Lamento e Divertimento
Diálogo entre o antigo e o moderno
Ingresso: R$ 10,00 ou R$ 5,00 e + um quilo de alimento não perecível

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Data(s): 01/09/2010 e 02/09/2010.

Horários: às 20h

Espaço cultural: Capela Santa Maria – Espaço Cultural
Rua Conselheiro Laurindo, 273
Centro – Curitiba – PR
Fone: (41) 3321 – 2840
Workshop
Dia 3 de setembro, das 14h às 18h
Entrada franca
O workshop é voltado para o aperfeiçoamento de estudantes de música interessados em trabalhar Música de Câmara.

Uma partitura de um lamento do mestre italiano Claudio Monteverdi (1567-1643) pode se parecer muito com a de uma canção brasileira popular: uma linha melódica, um baixo cifrado e algumas poucas indicações de caráter e forma, apenas. Para bem se tocar estas músicas é necessário o conhecimento do estilo, da linguagem e uma disposição natural para retrabalhar o material em questão: música viva por natureza e concepção. O mesmo vale para os temas folclóricos brasileiros, veículos aqui para o mais genuíno e espontâneo divertimento dos músicos. Apesar do rigor que marca o trabalho de ambos os intérpretes envolvidos, a partitura neste projeto não é fechada, não carrega tantas obrigações como a de uma composição erudita moderna: aqui a fidelidade é quanto à representação das emoções humanas, por códigos musicais que atravessam os séculos. A idéia deste projeto nasce quando o pianista e compositor André Mehmari une-se à soprano Marília Vargas para interpretar um repertório onde músicos tão diferentes como Vinícius de Moraes e Monteverdi se encontram na pura tradição da representação musical dos variados afetos e sentimentos humanos. Marília Vargas trafega com fluência por músicas apartadas por três séculos de distância, aproximando-as através de sua versátil voz. Ao mesmo tempo Mehmari alterna-se entre o cravo e o piano, criando um contraste sonoro e estilístico marcante, permeado por improvisações instrumentais que conduzem o discurso musical tornando-o tão variado quanto universal.

André Mehmari – piano e cravo
Marília Vargas – canto

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Programa
Claudio Monteverdi (1567-1643) – Lamento della Ninfa

Heitor Villa Lobos (1887-1959) – Viola quebrada
Evocação

Tarquinio Merula (1595-1665) – Folle è ben
Improvisação instrumental
Un bambim che va alla scola

Folclore brasileiro – Casinha pequenina
São João Dararão
Capim di pranta
Engenho novo

Cartola, Girolamo Frescobaldi – Solo instrumental

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Claudio Monteverdi – Si dolce è il tormento

Giulio Caccini (1551-1618) – Amor ch’attendi

André Mehmari (1977-) / Cecília Meirelles – A Flor e o Ar

Vinícius de Morais (1913-1980) – Valsa da Euridice

Vinícius de Morais / Antonio Carlos Jobim (1927-1994) – Serenata do Adeus

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BIOGRAFIAS:
André Mehmari
Pianista, arranjador, compositor e multiinstrumentista. Músico de destaque no cenário nacional, é autor de composições e arranjos para algumas das formações orquestrais e câmera mais expressivas do país, como OSESP, Quinteto VIlla-Lobos, OSB, Quarteto de Cordas da Cidade de S.P, entre outros. Como instrumentista, já atuou em importantes festivais brasileiros como Chivas, Heineken, Tim Festival e no exterior, como Spoleto USA e Blue Note Tokyo. A discografia já reúne seis cds solo, além de participações em numerosos projetos. Recebe duas vezes o Prêmio Nascente (USP-Editora Abril): na categoria Música Popular-Composição, com os temas “De Sol a Sol” e “Capim Seco” (1995), e na categoria Música Erudita-Composição, com “Cinco Peças para Quatro Clarinetes e Piano”, dedicada ao grupo de câmara Sujeito a Guincho (1997).
Em âmbito nacional, conquista o primeiro lugar no Prêmio VISA de MPB Instrumental (1998) e é amplamente elogiado pela crítica e público. É assim que grava seu primeiro disco, pela Gravadora Eldorado, ao lado do contrabaixista Célio Barros, também premiado no certame. Ainda em 1998, André e Célio se juntam ao baterista Sergio Reze e lançam o CD “ Odisséia” (1998), baseado na improvisação total.
Participa como co-autor e pianista no disco-balé “Soprador de Vidro”, de Gil Jardim, tendo uma composição sua interpretada por Milton Nascimento (1998). Cria e grava a música do balé “Sete” (1999), produzido pela Companhia Paulista de Dança, inspirado em textos de Nelson Rodrigues. A convite da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, compõe e rege “Enigmas para Contrabaixo e Sopros”, para o concerto comemorativo dos dez anos de existência do grupo. Escreve uma peça para concerto especial da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) com a Banda Mantiqueira, sob regência de John Neschling, que se torna CD (2000). 
Após conquistar o primeiro lugar no concurso nacional de composição “Sinfonia para Mário Covas” com sua Sinfonia Elegíaca, o multiinstrumentista lança o álbum “Canto” (1999), onde toca cerca de vinte instrumentos musicais. No Heineken Concerts, marca presença como pianista e arranjador, ao lado de Mônica Salmaso, Proveta, Rodolfo Stroeter, Tutty Moreno e Toninho Ferragutti (2000). No ano seguinte participaria do Chivas Jazz, no quarteto de Moreno.
Com a composição “Omaggio a Berio”, baseada na música do compositor italiano Claudio Monteverdi (1567-1643), vence o concurso nacional de composição “Camargo Guarnieri” (2003), promovido pela Orquestra Sinfônica da USP. Por ocasião dos 450 anos da cidade de São Paulo, compõe “Sarau pro Vadico”, uma fantasia para orquestra sinfônica e quinteto de clarinetes, a partir de temas do compositor paulistano Oswaldo Gogliano, o Vadico. A estréia se deu no Theatro Municipal da cidade, com a Orquestra Experimental de Repertório. No mesmo ano, grava o álbum “Lachrimæ” onde equilibra composições próprias com clássicos da nossa música em arranjos de grande originalidade. Com distribuição mundial, no inovador formato Super Audio CD, Lachrimae vem desde então recebendo elogios da crítica, no Brasil e no exterior.Em duo com Ná Ozzetti, lançou “Piano e Voz”, considerado pela crítica uma obra prima. Ainda em 2005, compôs o quinteto para piano e cordas “Angelus”, encomendado pelo Quarteto de Cordas de São Paulo por ocasião dos 70 anos do grupo, com o qual se apresentou como pianista. Suas composições têm sido executadas por alguns dos mais expressivos grupos de câmara e orquestrais brasileiros. Recentemente apresentou um programa com composições suas dedicadas a Mozart, com a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Em julho de 2006, sua “Suíte de Danças Reais e Imaginárias” (encomendada em 2005 para o concurso internacional de regência) foi estreada pela OSESP na Sala São Paulo e tocada na abertura oficial do festival de inverno de Campos do Jordão. Ainda em 2006 participou com seu trio no TIM Festival, no palco de jazz. Compôs o balé “Atmosferas” (para a compania Cisne Negro, por encomenda da Banda Sinfônica do Estado de SP) e lançou o DVD “Piano e Voz” com Ná Ozzetti. Recebeu o prêmio Carlos Gomes de música erudita brasileira na categoria “revelação do ano” e foi nomeado ‘compositor residente’ da BESP.
Criou fantasias orquestrais baseadas na música de Jobim, Villa-Lobos e Chico Buarque, apresentadas no Maracanã, na cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos Rio 2007, obtendo grande sucesso. Ainda em 2007 teve uma composição sua (com letra de Arthur Nestrovski) interpretada por Maria João Pires, Ricardo Castro e grupo de câmara, numa Schubertíade, em Madri. Atuou como pianista na orquestra brasileira da compositora Maria Schneider em festival realizado em Ouro Preto (Festival Tudo é Jazz). Lançou ‘Contínua Amizade’ (CD vencedor do Prêmio Rival/Petrobrás na categoria instrumental), em duo com o bandolinista Hamilton de Holanda, e ‘de Árvores e Valsas…’, primeiro trabalho em CD dedicado inteiramente às suas composições.
 Com o álbum ‘Nonada’, foi indicado ao Grammy Latino na categoria “melhor álbum brasileiro de jazz” de 2008. Paralelamente ao intenso trabalho como arranjador, produtor e compositor, tem se apresentado em quarteto, trio (André Mehmari Trio), piano solo e em duo com as cantoras Mônica Salmaso e Ná Ozzetti, com os instrumentistas Hamilton de Holanda, Gabriele Mirabassi e Dimos Goudaroulis, além de conduzir esporadicamente oficinas e workshops.
Compôs também um balé para a São Paulo Companhia de Dança, estreado em abril de 2009. Em maio deste ano, lançou no Brasil, por seu selo próprio Estúdio Monteverdi, seu mais novo CD instrumental, intitulado MIRAMARI e gravado em duo com o clarinetista italiano Gabriele Mirabassi. No final de junho de 2009, idealizou, arranjou, dirigiu e apresentou um novo espetáculo em companhia dos músicos Dimos Goudaroulis (violoncello), Neymar Dias (contrabaixo acústico e viola caipira) e Tiago Pinheiro (canto), intitulado AFETOS. A proposta inovadora de explorar ligações entre a música barroca e a canção brasileira do século XX surpreendeu o público e a crítica, com um resultado musical atemporal e particularmente tocante.
Marilia Vargas – Soprano

A paranaense Marília Vargas formou-se em canto barroco na Schola Cantorum Basiliensis, Suíça, (2001). Especializou-se em Lied na classe de Christoph Prègardien, no Conservatório de Zurique (2005), onde foi laureada summa cum laude. Fez masterclasses e aperfeiçoamentos com Montserrat Figueras e Silvana Bartoli Bazzoni. Foi premiada no II Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão e no VI Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas. Em 2002, recebeu uma bolsa de estudos da fundação suíça Friedl Wald e, dois anos depois,um prêmio da Margherite Meyer Stiftung. Apresentou-se como solista com diversas orquestras, entre as quais a Aargauer Symphonie, a Orchestra of the Age of Enlightement, a Zürcher Kammerorchester, além das brasileiras Orquestra Sinfônica do Paraná, Petrobras Sinfônica, Sinfônica de Minas Gerais e a Orquestra Sinfônica do Estado de S.Paulo (OSESP); nos conjuntos de música antiga La Capella Reial de Catalunya, (direção de Jordi Savall), Le Parlement de Musique (direção de Martin Gester), Camerata Antiqua de Curitiba; e em teatros como o Theater Basel, Stadt Casino Bern, Tonhalle Zürich, Wiener Konzerthaus, Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sala São Paulo, Palácio das Artes (MG), Auditorium de Dijon, Arsenal Metz, Theatre Royal du Palais de Versailles, Berliner Konzerthaus, Auditorium e Gran Teatro del Liceo (Barcelona). Realizou inúmeras gravações para rádios e televisões européias e brasileiras, além de ter sua participação em diversos CDs e DVDs. Tem sido professora convidada de importantes festivais de música e universidades do Brasil. Tem divulgado a música brasileira no exterior apresentando-se na Embaixada do Brasil em Roma (2007, 2008); ao lado de Antonio Meneses no concerto de abertura do Ano Brasil-França (2005); e com o Grupo Anima no Consulado do Brasil em Milão (2008). Ainda em 2008 gravou um cd que acompanha o livro de autoria de Silvana Scarinci sobre a obra da compositora do barroco italiano Barbara Strozzi. Na temporada de 2009, lançou um CD com canções paranaenses e outro com Modinhas Brasileiras, em projetos aprovados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba; cantou A Criação de Haydn com a Orquestra Sinfônica Brasileira, a ópera Rosenkavalier com a OSESP, além de diversos concertos por toda a Europa. Marcando sua primeira participação junto ao prestigiado Grupo ANIMA, o selo SESC SP acaba de lançar o CD “Donzela Guerreira, com participação de Marília e Marlui Miranda. Em novembro será lançado seu CD “Modinhas Brasileiras”.