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Carnaval é rock e samba

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A banda inglesa Phantom Rockers é uma das principais atrações do Psycho Carnival, no Moinho Eventos

O teu cabelo não nega … tu é rockabilly. Linda morena, morena que me faz pogar. Foi bom te ver outra vez, está fazendo um ano, foi no pshycho carnival que passou, eu sou aquele DJ, que te abraçou, que te beijou meu amor. Olha o Carnival Rock aíííí, geeeenteee!

Confirmando o clichê, o carnaval de Curitiba é para todas as tribos. Começa no maracatu, frevo e samba dos Garibaldis e Sacis, passa pelo Carnival Rock do Jockers, pelas marchinhas animadas em micro desfile do bar Ao Distinto Cavalheiro, pelo já tradicional e excelente Psycho Carnival dos topetudos, moicanos e pin-up girls que curtem o rockabilly em suas mais variadas manifestações, com direito a desfile de zumbis; pelo samba e música brasileira ritmada de casas como o Alice Bar e Jacobina; e também pelas picapes dos DJs com seu “tutch-tutch” eletrônico. Ah, e é claro, pelo desfile das escolas de samba na Cândido de Abreu, com direito a escola de samba evangélica no meio da festa pagã. E, para quem curte e pode, há a opção dos trio elétricos nas praias e os carnavais de ruas e desfiles de Paranaguá e Antonina.

Apesar de tudo isso, ainda há quem afirme que o carnaval de Curitiba é desanimado …

A programação de momo prossegue nesta quinta-feira, para quem curte marchinhas e sambas enredos dos carnavais de antigamente. O bar Ao Distinto Cavalheiro leva famílias para as ruas com sua bandinha, fazendo um happy hour da folia ali na esquina da Visconde do Rio Branco com a Saldanha Marinho.

Na mesma quinta, tem rock com Os Penitentes e Annie & The Malagueta Boys no Blues Velvett (Trajano Reis, 314). Para quem prefere continuar no samba, desde esta quarta até sábado, o Alice Bar (Rua Guido Straube, 6 – Água Verde) tem uma programação variada. Mas, se você cansou cedo da folia na quinta-feira e quer um programinha mais tranquilo, pegue um jazz com Tem Wolf Jazz Band ali no Full Jazz (Rua Silveira Peixoto, 1297, no Batel).

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A banda chilena Voodoo Zombie poderia ir tranquilamente a uma festa a fantasia no carnaval curitibano

Na sexta, a tribo roqueira põe os moicanos e topetes de fora. No Jokers (Rua São Francisco, 164 ) acontece o 2.º Rockarnival. Na primeira noite tem show com as bandas Subburbia, Mordida e Relespública. No sábado, as bandas The Elder, A Fonte e Megavoltz. Enquanto isso, numa programação intensa, começa a 11.ª edição do Psycho Carnival, no Moinho Eventos, dedicado ao psychobilly da gema, com direito a grandes atrações internacionais no gênero, como as bandas inglesas Frenzy e Phantom Rockers; e, na parte local, a curiosidade de reunir a banda Os Missionários, a primeira do cenário psycho de Curitiba, surgida em 1986. Para ver a programação completa, entre no site do festival.

Hermes Bar – Quem prefere as guitarras aos tamborins também vai poder se esbaldar com as bandas Sweet Memories(dia12/sexta) e Neo Vinil(dia 13/sábado).Muito rock’n’roll dos anos 60 e 70,mesclados com o melhor da produção nacional dos anos 80. Tem músico prometendo tocar Bandeira Branca em ritmo de blues e Mamãe eu Quero,com um suposto arranjo do Jimi Hendrix. Será? O Hermes Bar fica na Avenida Iguaçu,2504 – fone:3018.9320 (informações:www.hermesbar.com.br)

Sábado o rock continua, mas também é o dia do samba na Avenida. A folia começa às 18h30 na Cândido de Abreu.

Divirta-se ou descanse e bom carnaval.

Adeus, Pena

Nos anos 1990, fui sócio de duas lojas de discos em Curitiba, a Jukebox (rock) e a Maracangalha (música brasileira). Nas duas promovemos lançamentos e eventos de autógrafos. Entre vários outros, passaram por ali Cássia Eller (no começo de carreira e não teve nem fila para colher autógrafos dela) e a banda punk Cólera, pelo lado roqueiro; e Lenine e Suzano, Quarteto em Cy, Duofel, pelo lado da música brasileira. No entanto, nenhuma fila foi maior do que a formada para buscar o contato pessoal com a dupla Pena Branca e Xavantinho. Até hoje, ao lembrar, fico impressionado com o carinho dos fãs para com a dupla. Sem histeria e com muito respeito, as pessoas carregavam seus discos ou um papel para pedir o autógrafo, um abraço, uma foto. Gente de todo o tipo que reconhecia naquela dupla o que há de mais autêntico na música brasileira de raiz, ou também conhecida como música caipira, ou sertaneja.

Na segunda-feira, morreu Pena Branca, aos 70 anos – Xavantinho já havia partido antes. Não acredito em céu ou em inferno, mas não me sai da cabeça a imagem da fila de anjinhos a recepcionar Pena Branca, todos com seus disquinhos sob as asas, no aguardo do autógrafo.

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