Nesta sexta-feira, dia 1º de março, a banda Choke faz o show de lançamento de seu novo disco, no Jokers, com abertura da Macedônia. Reproduzo aqui a coluna Acordes Locais, que sai toda quarta-feira, no Caderno G da Gazeta do Povo:
Em 1997, o vocalista Ottavio Lourenço participou da primeira turnê de uma banda de metal do Sul do Brasil pela América do Sul, com a Necrotério. A experiência marcou-o tão profundamente que decidiu montar sua própria banda para continuar a seguir o caminho latino. Nascia ali a Choke (www.myspace.com/chokebrazil), que hoje é mais conhecida na Argentina, Chile, México, Paraguai e, principalmente, Bolívia, do que em Curitiba, sua cidade natal. Nesta sexta, lança em Curitiba seu quarto disco, “Latino Revolution”, já lançado na Bolívia e no México, com show no Jokers (R. São Francisco, 164 – 3324-2351).
A primeira viagem fez Ottavio conhecer os argentinos do Soda Estereo e os colombianos Aterciopelados, entre outros. Ele sentiu, mesmo continuando com a preferência pelo metal, que seria mais autêntico se aproximar dos sons latinos do que dos europeus ou dos EUA, de onde vinham as influências de todas as bandas metaleiras brasileiras.
O primeiro show do Choke, já foi fora do Brasil. Em 2000, fizeram duas turnês pela “Sudamérica”. De lá para cá, quase todo ano tem uma turnê. “Outros países da América Latina têm um circuito organizado, que facilita os contatos e as apresentações, com produtores, programas de rádio e televisão”, afirma o vocalista.
No ano seguinte, em 2001, fizeram 80 shows latino-americanos para o lançamento do disco “Manifest”. Na volta, esta mesma Gazeta já reportava a “preferência forçada” da banda pelo exterior, em texto de Omar Godoy.
Slum Radio
Em 2003, veio o disco “Slum Radio”, com produção de João Gordo, do Ratos de Porão, participação de Doze, do Pavilhão 9 e da torcida organizada Os Fanáticos, do Atlético “Era para ter participação da torcida do Coritiba também, mas um problema de última hora impediu”, revela Lourenço. A banda também tem sua porção alviverde, pois o baterista André Cirino é filho do ex-presidente do Coxa Jair Cirino. O disco vendeu mais de oito mil cópias e esgotou, mas pode ser ouvido pela internet.
Em 2008, lançaram “Manifest from Sudamérica” pela Akracia Records, um selo do México, que vendeu mais de 5 mil cópias por lá. Nos shows, de mão em mão, a banda vendeu 4 mil cópias; e foram mais mil pelo Tempo do Rock, de Belo Horizonte.
Agora, chegou a vez de “Latino Revolution”, gravado em Curitiba, no Áudio Stamp, com produção de Virgilio Milléo. O show de lançamento nesta sexta terá abertura da banda Macedônia e com Participação especial da Mocambo e Rene Singer (Black Pipe). Também terá o lançamento oficial do novo clipe da banda para a faixa “Viva nuestra gente”.
Piás curitibanos
“Este disco é o que a gente é”, afirma Ottavio Lourenço, contando que as influências latinas estão ainda mais perceptíveis. Influência não apenas sonoras, mas também de pensamento político e convívio social. “Temos um posicionamento social e político, pela igualdade dos povos e das pessoas”, diz ele. Eduardo Galeano, Andrea Echeverri e Subcomandante Marcos são citados como referências.
Curitiba também não é esquecida e no disco há uma música chamada “Piá”, que fala de elementos da cidade. Traz também uma aproximação rítmica com o hip-hop, com a participação especial da banda Mocambo, em “La Mezcla”.
As músicas do Choke continuam pesadas, na mistura entre metal e hardcore. É uma banda rápida, sem firulas, que vai direto ao assunto. Mas algumas faixas estão mais “suingadas” e até o vocal está um pouco mais limpo e menos gutural. Graças a essa mistura, a revista gringa Metal Maniac cravou que ela é uma das mais representativas bandas no Brasil e no mundo.
Livro de poesia
Depois deste show em Curitiba, o vocalista vai para a Itália, fechar contrato com uma agência para uma possível turnê europeia. Além disso, Ottavio Lourenço, que também é estudante de filosofia e poeta, aproveita para finalizar os contatos com uma editora italiana para o lançamento por lá do livro “Sombrio e Tropical – poesias filosóficas, poesias dramáticas”.
Ficha Técnica do disco:
Choke – Latino Revolution
Gravado no estúdio Audio Stamp.
Durante os anos de 2010/2011 em Curitiba.
Engenheiro de som e produtor musical: Virgilio Milléo
Produção executiva: Choke
Criação e desenho de capa do cd: Felipe Biassio.
Design da capa e conceito: Renê Singer e Ottavio Lourenço.
Participações especiais:
Na música La Mezcla letra e participação (vocais) de Jean Coringa e Dezé ambos do Mocambo.
Na música Commercial Hemp participações/vocais de Cybelle Cardozo e Dezé do Mocambo.
Disponível para audição e download nos links:
soundcloud.com/chokeband
myspace.com/chokebrazil
youtube.com/chokelatino
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