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Paulo Briguet é um jornalista de olhar enviesado. Quando todo mundo parece olhar para um mesmo lado, ele mira o lado oposto, ou o lateral, ou o diagonal. Resultado: ele vê o que os outros não veem. Melhor que isso é que ele sabe contar o que vê e que está ao nosso lado o tempo todo e nem percebemos porque, acompanhando a multidão, olhamos para o outro lado. E ele conta tudo para a gente com palavras precisas, por vezes frias, por outras emocionais, sempre finas, elegantes.

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Paulo Briguet é jornalista e escritor que orgulha o Paraná e Londrina, cidade que escolheu para viver. Nesta terça-feira (14), lança o livro “A meus sete leitores”, que reúne crônicas publicadas por ele no Jornal de Londrina (a coluna e o blog Com perdão da palavra) e no já falecido blog Repórter das Coisas.

Livro para ser degustado como uma cerveja bem gelada no calor (o do tempo e o humano) de Londrina. Mata a sede e reúne os amigos. E se a gente ficar bêbado, não tem problema, o Briguet está olhando para o outro lado e logo nos surpreenderá com mais histórias saborosas.

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A seguir, depois da reprodução da apresentação que ele fez para o próprio blog, as informações enviadas para divulgação:

Aos meus sete leitores reúne 63 crônicas publicadas entre 2003 e 2009 no Jornal de Londrina ou no blog Repórter das Coisas. Aos 40 anos, Briguet se define como um escritor do jornalismo e um jornalista da literatura. “O cronista vive numa eterna Estrada de Damasco, a meio caminho dos fatos e da imaginação. Mas, no Brasil, os fatos superam a imaginação, e a imaginação rende-se aos fatos.”

Por que sete leitores? – é a pergunta que sempre fazem a Paulo Briguet. “Talvez porque o número sete simbolize a comunicação perfeita, algo que todo escritor persegue, sem jamais alcançá-lo plenamente.”

Nascido no mês sete de 1970, Briguet lembra que há sete dias da semana, sete notas musicais, sete cores primárias, sete pecados capitais, sete virtudes cristãs, sete artes liberais. O número sete aparece 77 vezes no Antigo Testamento, e Jesus recomenda perdoar nossos ofensores até sete vezes setenta. Stanislavski dizia que uma peça teatral só pode ser encenada se houver ao menos sete espectadores. E Milan Kundera só escreve romances com sete capítulos.

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No prefácio de Aos meus sete leitores, o escritor e crítico literário Miguel Sanches Neto comenta: “Se as preocupações de Paulo Briguet oscilam entre realidades tão distintas como a sucessão política no município de Londrina e os santos católicos de sua admiração, permanece inalterada a sua voz. Para ser escritor, é preciso ter uma voz própria. E é como tal que a sua percorre cada linha do livro, fazendo com que o leitor tenha a sensação antes de ouvir que de ler o cronista”.

Na próxima terça-feira, Briguet tem esperança de encontrar seus leitores. Não só eles, mas também os amigos que fez ao longo do caminho. O leitor número um será lembrado pelo filho e parceiro na literatura: “Este livro é dedicado a Paulo Lourenço (1941-2008), que me deu a leitura, a escrita e a vida”.

Serviço

Lançamento do livro Aos meus sete leitores, de Paulo Briguet (154 páginas, R$ 30, edição independente). Terça-feira (14 de setembro), a partir das 19 horas, na Central de Decorados da Plange (Avenida Madre Leônia Milito, 1.700, esquina com Avenida Ayrton Senna).

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