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Da coluna Acordes Locais, publicada às quartas, na Gazeta do Povo

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EXTRA! EXTRA! Depois de publicado, o Ferreira mandou o seguinte recado:

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Opa Luiz Claudio Soares De Oliveira, essa matéria me enche de orgulho e responsabilidade. Depois que conversamos o Rolando resolveu voar pra cá e participar do show. Teremos uma noite com 2 dos maiores bateristas de rock do Brasil: Rolando Castelo Junior e Biba Meira.

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É um abril que inicia muito bem. A semana começou com a Karol Conká lançando seu primeiro e ótimo álbum Batuk Freak. Tem o Luiz Ferreira lançando um trabalho (quase solo) com o trio Ferryboat no disco “10 dias na praia”. A banda imof lança um vídeo colaborativo para a música “Um silêncio novo na casa”. E o Cabes MC lança o clipe de “Bem Estar” na Cinemateca de Curitiba no sábado, às 15h. E na semana passada a banda Audac lançou o vídeo clipe da ótima “Back to the Future” (veja no post anterior os clipes das bandas Audac e imof e ouça o single lançado pela cantora e compositora Juliana Cortes).

Então vamos por partes, começando pelos mais velhos.

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Luiz Ferreira tem centenas de músicas no seu portfólio que vem sendo construído desde o início dos anos 80, com a mítica Contrabanda, passou pelo antológico Beijo AA Força, e está no Maxixe Machine e no Marlenes. Em todos foi o maior ou o melhor compositor. É o cara que transforma em música as parcerias com Marcos Prado, Thadeu Wojciechowski, Sérgio Viralobos e tantos outros.

Ferreira tinha aberto o Café Stereo Toaster, mas a vida atrás do balcão — e ainda ter de expulsar amigos no fim do expediente — o estava deprimindo. Então, em meados do ano passado decidiu fechar o Café, transformar o Stereo Toaster em um selo musical e criar uma nova banda, a Ferryboat.

Convidou os amigos Rolando Castello Junior (baterista da também mítica banda Patrulha do Espaço e que tocou no primeiro LP do BAAF) e o baixista Alberto (Kiko) Lins, colega de Maxixe Machine (e Opinião Pública). Ferreira assumiu as guitarras e, pela primeira vez, a voz principal — cantava quase sempre como segunda voz. Ainda tocou baixo, cavaquinho e violão na produção final do disco.

“Sempre me agradou o formato de power trio para uma banda de rock. Vivi grandes momentos musicais com o Beijo AA Força neste formato e tenho saudades sinceras”, conta o guitarrista no diário de gravação que fez no blog rockferryboat.blogspot.com.br, no qual também se pode adquirir o CD.

Rock, blues e punk rock diretos, medulares, sem firulas nem excessos. Na dose certa de energia e qualidade musical. Com boas letras, quase todas contando uma história ou revelando uma ideia. Assobiáveis, cantáveis, gritáveis. São 11 músicas e mais duas vinhetas. Tudo composto em 30 anos, arranjado e gravado em 9 dias em uma casa na praia de Corais, balneário de Monções, em Matinhos, Litoral do Paraná.

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A temporada aconteceu em um agosto frio, de neblina em plena tarde que chegou a interditar o ferryboat que liga Guaratuba a Caiobá. Clima propício para ficar em casa e tocar um blues.

Em 1986, eu estava em um show na Reitoria da UFPR em que o Beijo AA Força tocou “Os Tristes Homens Azuis”, parceria de Ferreira com Marcos Prado. Foi o único show em que a banda tocou este belo blues e que nunca foi gravado em disco. Pois a canção foi recuperada agora e é um dos pontos altos destes “10 dias na praia”.

Ferreira já adiantou que a música não estará no show de lançamento do CD (ahhhhh!), nesta sexta-feira, no Jokers, que também terá a gaúcha DeFalla, em reunião histórica com a formação do primeiro disco.

Para o espetáculo, no entanto, o Ferryboat foi alterado. Rolando Junior está com compromissos pelos 35 anos do Patrulha e não poderá participar. Assim, Alberto Lins de baixista vira baterista e o baixo ficará a cargo de Angelo Stroparo (ex-Macumbaria).

Além desse lançamento, Ferreira está cheio de planos e projetos. Está fazendo trilhas para peças e filmes, planeja um livro de iniciação musical para crianças, com oficinas sobre a história dos instrumentos e um programa de rádio, além, é claro, de tocar a agora produtora e gravadora Stereo Toaster. Pique total nos 30 anos de música.

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Veja a letra e ouça “Os tristes homens azuis”, de Luiz Ferreira e Marcos Prado:

E agora a música “Musa Punk”, uma parceria póstuma dos sempre parceiros Marcos Prado e Sérgio Viralobos: