Na semana passada tive a oportunidade de assistir a shows e a mediar conversas com grandes músicos dentro da Oficina de Música de Curitiba. Foram quatro shows e conversas diferentes em quatro dias. Músicos de localizações, estilos e conceitos diferentes.
Primeiro foi Alegre Corrêa, com seu convidado Guinha Ramires, dois gaúchos que moram em Florianópolis e fazem música um som mais puxado para o jazz, mas com a influência marcante da música brasileira e da assim chamada worl music. Corrêa foi guitarrista da banda do jazzista Joe Zawinul e também tocou na Viena Art Orchestra. Na segunda noite foi Filó Machado e seu neto Felipe Machado, paulistas que tocam música brasileira banhada por outras influências sonoras. O avô tocou com nata da música brasileira, foi fundador dos Originais do Samba e tem músicas gravadas e/ou parcerias com Djavan, Aldir Blanc e Cacaso, entre outros. Na terceira noite, foi Tiganá Santana e Sebastian Notini, um baiano e um sueco que fazem música brasileira-africana-cancioneira deliciosa, com um violão especialmente desenvolvido por Tiganá para dar mais grave ao instrumento. Por fim, tudo terminou num baile de Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro, filho e pai que são tradição e novidade do Pará, com seus sons amazônicos dançantes.
Muitas histórias a cada dia que pretendo compartilhar com vocês aqui aos poucos. Por enquanto, vou mostrando um pouco do som de cada um, na ordem das apresentações em Curitiba:
Primeiro, Alegre Corrêa e Guinha Ramires, numa apresentação no Sofar em Florianópolis, tocando a música Gondwana, que está na apresentação que trouxe a Curitiba:
Aqui Filó Machado e Felipe Machado, em espaço informal que não permite truques, tocando o clássico Take Five:
Na terceira noite,a participação especialíssima desta dupla que consegue fazer um som fino, elegante e encantado, Tiganá Santana e Sebastian Notini, tocando Elizabeth Noon:
Por fim, como disse, tudo acaba em baile juntando tradição e modernidade da música amazônica com Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro (como não achei um vídeo legal só com os dois, vai aí o clipe de Legal e Llegal, do primeiro disco, “Kitsch pop cult”):