A Secretaria de Estado da Cultura enviou à imprensa uma nota de esclarecimento sobre as mudanças da Rádio Educativa (ops, E-Paraná – êta nominho feio). Reproduzo e comento no final.
Nota de Esclarecimento
Em virtude das notícias veiculadas na mídia nos últimos dias, referentes à Rádio Educativa do Paraná, a Secretaria de Estado da Cultura e a direção da E-Paraná esclarecem:
1. Estão entre os objetivos estabelecidos pelo governador Beto Richa para a cultura, promover a ampliação do acesso aos bens culturais; promover a produção artística paranaense; estimular a descentralização da cultura no Estado e adotar postura inovadora e transparente na reformulação de processos e ações. Também manter diálogo permanente com todos os segmentos da sociedade. Desta forma, acreditamos que o debate sobre a Rádio Educativa do Paraná e o cenário musical paranaense demonstra que a cultura está retomando seu espaço, o que fortalece e consolida tais objetivos. Em resposta aos anseios de artistas e produtores, temos a dizer que nada mudou com relação aos planos para as emissoras que compõe a RTVE. A convite do secretário de Cultura, Paulino Viapiana, Fernando Tupan deixou a direção da Rádio Educativa para atuar nos programas de ação cultural da secretaria, auxiliando na execução das metas estabelecidas pelo governador Beto Richa.
2. Os projetos iniciados na RTVE, em janeiro, estão de acordo com as referidas metas, que preveem, entre outras ações, a criação de programas de divulgação e de circulação de produtos e serviços culturais paranaenses, por meio da TV Educativa, Rádio Educativa, espaços culturais, publicações e internet. Especificamente com relação à RTVE, uma das metas estabelece a criação de um conselho curador que tem, entre outros, a finalidade de avaliar e propor conteúdo editorial, com prioridade à educação e cultura, em programas noticiosos, musicais, de debates, de dramaturgia etc. Assim, a saída de Fernando Tupan não altera os planos para as emissoras. Temos certeza que não serão abandonadas nem a música paranaense nem as outras manifestações artísticas, locais, estaduais ou nacionais. Não houve e não haverá, de forma alguma, “assassinato” ou “boicote”. Não há motivo, portanto, para luto.
3. Desde janeiro as ações estão sendo planejadas e gradativamente postas em prática. Neste sentido, a RTVE mudou sua filosofia e conceito transformando-se na E-Paraná. Este conceito se estende a todas as emissoras da rede. São várias pessoas envolvidas nesse processo e muitas novidades ainda virão. A primeira etapa envolveu a programação da TV. Agora o planejamento envolve a programação das rádios FM e AM. Até o final de março uma nova grade entra no ar contemplando todos os gêneros da música brasileira (tomamos a liberdade de não tratar a música paranaense como excluída da música brasileira), entre outras atrações, que, temos certeza, irá agradar artistas e público.
4. Historicamente a Rádio Educativa do Paraná sempre executou a produção musical de todo o Estado durante sua programação e também em programas específicos. Uma audição mais atenta permitiria esta comprovação, portanto não dá para considerar que a música paranaense será agora abandonada. Muito pelo contrário. O Paraná tem sim uma cultura rica, diversificada, representativa e de muita qualidade, e a Secretaria de Estado da Cultura tem como missão, respeitar, valorizar, incentivar, fomentar e difundir toda essa riqueza. E isso será feito.
5. Em janeiro, a programação da RTVE foi reformulada retirando-se do ar programas que não estavam de acordo com a filosofia de uma rede educativa, como forma de marcar esta nova fase da cultura paranaense. Durante estes dois meses uma grade alternativa foi implantada nas emissoras enquanto as novas ações estavam sendo elaboradas, com a participação de vários colaboradores. Fernando Tupan foi uma dessas pessoas e sua participação foi fundamental para o planejamento. Ele agora assume outra função, de auxiliar no planejamento e execução de ações culturais que também irão gerar conteúdos para as emissoras, valorizando a produção artística paranaenses de todos os gêneros e regiões.
Agradecemos a todos que têm participado desse debate e nos colocamos à disposição para outros esclarecimentos que se fizerem necessários, com relação a esse ou outros projetos da área cultural.
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Cultura
E-Paraná
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Resumindo, é o seguinte. Toda a primeira mudança, com a inclusão da música paranaense na programação normal da rádio, implantada em janeiro, fazia parte da vontade e das diretrizes de governo. Depois de um mês e pouco, a segunda mudança destruiu tudo, mas o governo promete que vai voltar mais ou menos ao que era antes. Ou seja, em vez de aprimorar, acabaram com o que tinha para depois tentar construir tudo de novo. Deu para entender? Ou acreditar?