A capa do novo single do Terminal Guadalupe: mistura de arte e política
A banda Terminal Guadalupe, como quase todo mundo sabe, está em estúdio gravando novo trabalho. E ele vai saindo a conta gotas na internet. No final do ano passado, a banda apresentou a primeira música, “Chico Balboa”. Agora, lança um EP com quatro músicas até o fim do mês, como prometem. A capa do disco é esta aí de cima e você pode ler aí abaixo o que a própria banda escreveu para enviar para fãs e imprensa:
A arte é do ilustrador gaúcho Diego Medina, ex-líder da saudosa banda Video Hits, numa leitura bem particular do Subcomandante Marcos, que comanda a guerrilha indígena na província mexicana de Chiapas. Mais Terminal Guadalupe, impossível. E é esta a capa do single “O tempo vai me perdoar”, com previsão de lançamento – virtual – até o fim do mês. A banda mantém arranjos inspirados e letras politizadas, embora longe do ranço panfletário. Com influências claras de The Clash e The Pretenders, produzida pelo próprio TG com o lendário Roy Cicala e o ex-Planet Hemp Apollo 9, a canção fala da crise financeira internacional e da onda anglófila no pop-rock nacional, mas com bom humor.
O single traz a música-título e três faixas-bônus: “BR 376”, “Romance Juvenil Operário” e “Chico Balboa”. A banda retoma a fórmula do antigo compacto de vinil, quando a música era vendida uma a uma, algo comum até os anos 40 do século passado, como lembrou Arthur Dapieve em recente artigo na revista Bravo. “A linguagem do videoclipe potencializou a fragmentação, especialmente de 1990 para cá. A compressão da música apenas consolidou o processo. Se a ‘geração mp3’ funciona assim, interessada mais na parte que no todo, não dá para ignorar. Precisamos dialogar com esse público, o que nos força a pensar em cada canção de forma isolada”, diz o letrista e vocalista Dary Jr.
