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Um chocalho e uma revista para a dança e a música

Reprodução
Capa da edição de estreia da revista cultural Mkaraka, que será lançada na segunda-feira, em São Paulo

A Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Rádio e TV Cultura, de São Paulo, lança a revista Mbaraka, especializada em música clássica e dança. A revista será trimestral e dirigida pelo jornalista Paulo Markun, presidente da Fundação, com edição de Gioconda Bordon, editora da revista e coordenadora do núcleo de Rádio da Fundação Padre Anchieta. Estará à venda nas melhores livrarias e bancas de revistas do país.

A primeira edição (capa em papel couche metalizado com reserva de verniz e miolo com couche fosco 110, além de dois cadernos com papel pólen, impressa na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo) será lançada no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, nesta segunda-feira (19), às 19 horas. A versão impressa terá 234 páginas e custará R$ 75. A versão on-line está no endereço www.tvcultura.com.br/mbaraka.

Como explica o material de apresentação da revista: “Mbaraka é o nome de um tipo de chocalho sagrado utilizado pelos índios guaranis, que tinham no instrumento uma das bases de sua concepção religiosa. Sua sonoridade e importância foram registradas por scronistas do século XVI, como Hans Staden e pelo próprio Padre Anchieta. Na Mbaraka de papel, esse respeito se mantém. “A publicação trata de questões urgentes, como a agonia das gravadoras especializadas que precisam reinventar seus negócios e a formação de público”, diz Gioconda Bordon, editora da revista e coordenadora do núcleo de Rádio da Fundação Padre Anchieta. Por ser a própria publicação uma ferramenta a ser utilizada em favor da causa, o eruditismo do tema recebe tratamento moderno, do projeto gráfico às reportagens e entrevistas”.

A revista nasce com uma extensa homenagem a Heitor Villa-Lobos, que morreu em um novembro, há 50 anos. São 48 páginas sobre o maestro e compositor brasileiro. Há ainda um ensaio fotográfico de Emidio Luisi, sobre a dança; perfis e entrevistas com expoentes atuais da música clássica, como o pianista Arthur Moreira Lima, Yan Pascal Tortelier, maestro da Osesp, do barítono alemão Thomas Quasthoff, do gaúcho Dimitri Cervo, um pianista-regente-compositor que adora surfar — assim como Mozart era louco por sinuca e, Schoenberg, por tênis. “Mbaraka trata ainda de gênios que expressaram em outras praias sua paixão pelo som — caso do pintor suíço Paul Klee”, como explica a apresentação que continua: “A retrospectiva histórica entra em cena por um prisma pop e, ao mesmo tempo, saudosista: há um tributo às obras de arte que foram capas dos LPs e um passeio pelos 40 anos de história da gravadora ECM.”

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