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Da coluna Acordes Locais, que sai toda quarta-feira na Gazeta do Povo:

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Assisti ao show de estreia da Lorenza Pozza no Teatro Londrina, do Memorial de Curitiba. Ingressos esgotados para ver o show que também serviria para a gravação de um CD e um DVD de impulso na carreira da cantora curitibana. Atraso de uma hora no início e o público esperando em uma sexta-feira de frio e vento, o que causou irritação em alguns, mas a maioria das pessoas era parente ou conhecido (não é o meu caso). As desculpas de Lorenza foram justamente pela produção demorada já que tudo tinha de estar bem preparado para as gravações.

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Lorenza canta bem, tem uma certa presença de palco e pode ser uma artista de grande futuro. Neste seu início fez uma escolha de repertório quase adolescente, em todas as músicas falando de amor. No palco, além dela, mais dois violões, baixo, bateria, teclado e três backing vocals, e um piano, que ela tocou no momento em que ficou sozinha no palco – e que se transformou em ponto alto do show.

A escolha de seguir um pop romântico deixou o estilo perto de cantoras como Marjorie Estiano, para citar mais uma curitibana, ou mesmo de Sandy – esta bem mais romântica. Pelo que tinha visto antes na internet, imaginava uma cantora com repertório mais maduro e uma interpretação mais limpa, da qual ela se aproximou mais quando estava sozinha ao piano. Os arranjos também buscavam esse pop romântico, com momentos mais dramáticos em que a cantora parecia menos à vontade. Para mim, ela teria um estilo mais intimista, de câmara, mas ela fez uma escolha e eu não dou palpites sobre ela – se pudesse dar palpites, começaria recomendando escolher melhor o cenário e o figurino, um tanto pobres para a gravação de um DVD. A produção de um show, ainda mais com a responsabilidade da gravação de um DVD, deve pensar nestes ingredientes que fazem grande diferença.

Lorenza, se ler isto, não desanime, é só uma opinião. Você tem uma carreira artística inteira pela frente e não é o jornalista que você deve agradar, mas o público. Boa sorte nas cantorias da vida.

O show que eu não vi

Infelizmente, não pude ir ao show Nhengarí Inami, em que Lydio Roberto presta uma homenagem mais que merecida ao compositor e pesquisador Inami Custódio Pinto. Pessoas que me são confiáveis me disseram que o espetáculo foi muito bom. Tomara que haja outra oportunidade, pois Lydio Roberto é um músico sensível, que soube se cercar de uma produção caprichosa – pelo que vi na tevê, Jacqueline Daher fez um trabalho primoroso de cenário e roteiro. Inami merece uma estátua sonora em praça pública pelo trabalho que faz pela música paranaense.

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Um dos problemas de Curitiba é que um trabalho bom desses acontece por apenas dois dias e nunca mais temos oportunidade de ver.

EP do Subburbia

A banda Subburbia (www.myspace.com/subburbia) lançou seu EP de remixes, Da-da-da-dance! Deu, por exemplo, a música “Soul Sister” para ser remixada em três versões, uma por Jô Mistinguett, outra por Tanzfaster (da banda alemã The Man nº 9) e a terceira por Sintetik (produtor de música eletrônica). E outros três remixes estão no EP que pode ser baixado direto do MySpace. O que você está esperando?