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Duelo amador marca reencontro de treinadores

Da sala de aula para os campos da Suburbana. Sábado marcou o reencontro de dois treinadores (Foto: )

 

 

Maurício Kern

Da sala de aula para os campos da Suburbana. Sábado marcou o reencontro de dois treinadores, Mario Ramos, do Uberlândia, (a esquerda), e Leandro Chibior, do Santa Quitéria. 

Apesar de estar em situações opostas na tabela de classificação, Uberlândia e Santa Quitéria tem uma semelhança no campeonato amador. O duelo entre as duas equipes no último sábado (13) marcou o reencontro de dois treinadores que se conheceram no passado e estudaram na mesma sala no curso de Educação Física em 2008.

Dois integrantes da nova safra de técnicos do futebol amador, Leandro Chibior e Mario Ramos se conheceram após se matricular numa faculdade de Curitiba. Ambos almejam o mesmo objetivo na carreira. Ser treinador de um time profissional.

A história destes iniciantes do mundo da bola começou no projeto Futebol Total Universidade Positivo (FTU). Foi o trampolim para a preparação de alunos que pretendiam seguir a carreira de treinador e preparador físico. Os estudantes usavam toda estrutura da (FTU) para treinar os atletas na disputa da Copa Integração, torneio amador da capital. Através deste projeto eles faziam estágio na área esportiva visando um futuro promissor.

Mario Ramos, 33 anos, comandava alunos com idade de 11 a 17 anos. O projeto foi uma ponte para o iniciante treinador. Sua primeira oportunidade aconteceu no núcleo de uma escolinha oficial do Grêmio de Porto Alegre em Quitandinha, Região Metropolitana de Curitiba. Rodou por outras equipes e no ano passado foi campeão da Copa Integração com o Juniores do Uberlândia. Foi o passaporte para comandar o mesmo clube, no adulto, pela Série A, nesta temporada.

Leandro Chibior, 36 anos, era preparador físico e dirigia alunos numa equipe infantil pelo projeto. Sua estreia na Suburbana aconteceu na equipe do Novo Mundo em 2011. Foi campeão da Série B e conseguiu o acesso na elite do amador. Este ano recebeu uma proposta e assumiu o comando do Santa Quitéria na Série A.

Quando era atleta o passado foi meio ingrato para Chibior. Durante três anos ele tentava a sorte na meia cancha e enfrentava Ramos em torneios internos na faculdade, mas nunca conseguiu vencer e marcar um gol no amigo de sala, que na época era goleiro. Foram seis títulos seguidos. “Ele nunca teve este gostinho dentro de campo, até hoje brinco com ele”, contou sorridente, Mario Ramos.

Leandro Chibior deu o troco fora das quatro linhas na primeira experiência enfrentando o amigo de profissão. Comandando o Santa Quitéria no último sábado (13) ele derrotou o Uberlândia, de Mario Ramos, por 3 a 0, na casa do rival. “Fui um visitante indigesto e ainda estou invicto no estádio Gustavo Schier. Estou torcendo pelo sucesso dele no futebol. Tanto que não seja contra meu time,” brincou o treinador.

Na Suburbana, ambos os times estão no grupo B, mas a diferença entre eles é grande. O Quitéria é líder isolado com 7 pontos. A missão de Mario Ramos é bem mais complicada. Ele precisa tirar o Uberlândia da última posição.

Esta rivalidade sadia dos treinadores demonstra que ao se fazer aquilo que se gosta é possível manter a amizade dentro e fora de campo.

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