Imagine que você trabalha numa empresa há algum tempo e, por ser gestor ou executivo, tem informações privilegiadas sobre a situação geral da companhia. E se você souber que ela está caminhando para uma iminente falência ou concordata, o que fazer? Buscar outro emprego? Contar aos amigos mais próximos para que se preparem? Ficar até o último minuto, como o capitão que afunda junto com o barco?
A resposta não é simples. Envolve questões muito subjetivas, como lealdade, ética e valores pessoais. No entanto, com uma análise mais minuciosa, é possível apontar alguns caminhos.
Primeiro, quando a empresa tem claramente um código de conduta para assuntos confidenciais, basta seguir as regras. Porém, quando estas são subliminares, é preciso atentar para o que está nas entrelinhas desse pacto de fidelidade. Quando não há um código explícito, é possível seguir o comportamento de mercado. E se questionar o quanto a empresa é fiel ao seu grupo de funcionários, o quanto eles são valorizados, pois isso deve contar na decisão final. Contar aos amigos pode ser considerada uma traição, sim. Mas sua consciência deve falar mais alto.
Além disso, na hora de ser leal, é preciso lembrar que a fidelidade tem hierarquia tanto para a empresa quanto para o funcionário. Enquanto a empresa busca o lucro e usa os funcionários para atingir essa meta, o colaborador busca a remuneração para assim manter a si mesmo e sua família. Diante desse pensamento, buscar um plano B, um novo emprego, acaba sendo em última instância uma forma de proteger a quem se ama.
Então, ao decidir o que fazer diante dessa situação complicada, leve em conta seus valores e siga-os. É a única forma de não se arrepender de sua decisão.
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