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Há tempos o próprio mundo corporativo faz uma meia culpa e tenta ser menos sisudo em suas diferentes formas de se relacionar com seu público-alvo. É verdade que este movimento vem ajudando executivos e empresas a levarem a vida com mais leveza.
A chegada de ferramentas de mensagens instantâneas, as redes sociais e uma abertura maior para comunicação interna e externa leva a um leque que permite essa guinada para uma comunicação mais assertiva.
Mas como tudo na vida é ‘equilíbrio’, mais uma vez temos a linha de corte, a qual nos aponta para abertura em massa para uma comunicação informal versus a tradicional regada a termos formais.
Recentemente, li uma reportagem na Revista Você S/A em que trazia informações de que pesquisadores da Wayne State University, nos EUA, pediram para 299 jovens classificarem 70 emojis populares nas categorias “positivo”, “negativo”, “neutro” ou “ambíguo”.
O texto me chamou a atenção porque, hoje em nossas mensagens, tornou-se natural usarmos deles nas conversas por aplicativos.
Segundo essa reportagem, os resultados mostraram que mulheres eram mais propensas a classificar emojis que os homens. Por exemplo, o emoji de “carinha pensando” foi considerado levemente positivo na maioria das vezes por homens, enquanto as mulheres tendiam a vê-lo como algo levemente negativo. O resultado está em linha com outros estudos que já haviam mostrado que elas têm, em geral, um “viés de negatividade” quando o assunto é interpretar emoções em expressões faciais.
Trazendo esta informação para a vida profissional podemos dizer que em tudo devemos dosar. Os emojis então estão proibidos Bernt? Não! O que precisamos é medir as mensagens as quais emitimos e parar para pensar antes de enviar.
Por exemplo: não dá para pedir ‘desculpas’ usando mãos cruzadas. A mensagem não vai cair bem, podendo dar a intepretação de ‘implorar’ por algo. Ou não dá para pedir as mesmas desculpas, usando de uma imagem de sorriso, passando a ideia de ‘foi mal, isso acontece’. Por outro lado, ao vibrar, comemorar, destacar, cabem imagens que realçam o que se deseja comunicar.
Logo, na era da comunicação instantânea, também precisamos nos precaver e pensar qual imagem queremos passar como profissional, ou até mesmo, como a empresa passa essa mensagem para o público-alvo. Nem sisudo, nem permissivo demais. O ideal é fazer-se entender.