Muito já falamos sobre a importância do feedback dentro das organizações. Esse assunto é tão latente que vou ousar a discorrer novamente sobre a temática. O fim de ano está chegando e muitas organizações aproveitam o momento para realizar o feedback para encerrar ciclos, e preparar o novo que vem chegando.
Antes de falar da forma de se realizar um bom feedback, é importante deixar claro que essa ferramenta não é uma via de mão única: ela precisa ser feita de gestor para subordinado e do subordinado para o gestor.
Diversas pesquisas realizadas pelo mercado bem como, com a minha vivência dentro das organizações, mostram que muitas vezes o feedback fica restrito da chefia para o colaborador. Ora, se a empresa é um todo, e a equipe é também, todos precisam evoluir, independentemente do cargo o qual se ocupa dentro da estrutura. Logo, se conclui que a ferramenta precisa ser feita em todos os níveis para que se possa colher um bom resultado.
A questão muitas vezes é que a tarefa para apontar melhorias na chefia não é algo tão fácil de se aplicar. É preciso um grau elevado de maturidade por parte da chefia, que possa deixar o colaborador seguro e a vontade de explanar suas percepções.
Outro ponto que atrapalha a evolução da ferramenta é o ego elevado de quem está ‘gestor’ ou porque falta um comprometimento dos chefes em aproveitar o máximo da ferramenta para a própria evolução.
Quando questionados sobre o motivo do subordinado não dar o feedback aos seus chefes é comum aparecer os seguintes pontos:
- Percepção de que nada mudaria se o chefe ouvisse as sugestões de melhorias.
- O chefe costuma não ser um bom ouvinte.
- E, mesmo havendo um ponto em comum entre chefe subordinado, nada mudaria, pois, a própria empresa não daria respaldo.
Como consultor posso dizer que esses três pontos são um balde de água fria em um programa de feedback. Quando isso acontece, a ferramenta não está sendo bem utilizada pela companhia.
Por isso, minha dica é que o Recursos Humanos fique bem atento a esses pontos, e mais, dê o total suporte para que colaboradores de todos os níveis entendam a verdadeira intenção da ferramenta e saibam utilizá-la de maneira correta, evitando deslizes.
Já participei de centenas de programas dentro das empresas que envolvem o feedback. Não tenho dúvida alguma de que essa é uma poderosa arma para a evolução dos profissionais, bem como o caminho certo para melhor se alcançar resultados.
Para que ele possa ser 100% aproveitado é necessário que o ambiente do feedback esteja preparado, com pessoas estando à vontade em falar, ouvir, receber críticas sobre o que passou e dispostas a executar um plano de melhoria para o próximo ciclo que se inicia. Se essa receita for seguida à risca não tenha dúvida de que empresas, chefias e subordinados terão êxito em suas atividades no dia a dia.
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