Num ambiente profissional de muita competição e no qual os resultados positivos de determinado colaborador chamam a atenção dos gestores, levando-o a uma evolução na carreira, podem ocorrer situações desagradáveis e até mesmo desavenças dentro do grupo.
Não são raras as ocasiões nas quais um funcionário proativo, dedicado e que busca atender e superar as expectativas da empresa acaba por ser maltratado pelos colegas mais acomodados. São diversos os motivos que levam a esse tipo de comportamento, desde o fator “inveja” até o fato de que um funcionário competente destaca as deficiências dos mais acomodados.
As atitudes do grupo
Quando um membro da equipe se destaca muito em relação aos demais, é possível que uma parcela dos colegas se sinta afetada com isso. Essa fração de colaboradores pode chegar a isolar o colaborador em destaque, começando com coisas de pouca importância, como excluí-lo dos happy hours, e atingindo pontos mais notáveis e negativos, como deixar de compartilhar informações importantes para o desenvolvimento dos trabalhos da organização.
Esse tipo de atitude é até muito comum dentro das empresas. Isso ocorre porque o ambiente corporativo é cada vez mais competitivo, e cada profissional tenta dar o seu melhor para chamar a atenção dos gestores. Em geral, os grupos costumam se desenvolver no mesmo ritmo, e quando acontece de um profissional se destacar mais que os outros, é possível que haja ações de boicote.
Uma forma de evitar o isolamento e o boicote da equipe é partilhar os créditos de projetos apresentados e executados com os colegas, tentando sempre trabalhar em grupo. Desta maneira, os gestores notam o talento e a competência do profissional, a habilidade de gerir e trabalhar em grupo, e os colegas se sentem também prestigiados. Resumindo, é necessário ter jogo de cintura para agradar a todos os lados.
As atitudes do chefe
Às vezes também pode ocorrer do profissional ser boicotado pelo próprio gestor. Ao ver o desenvolvimento acima da média do profissional é possível que o gestor se sinta ameaçado e deixe de dar oportunidades de crescimento ao subordinado, que, por sua vez, se sente desvalorizado e desmotivado. Esse é o tipo de situação que traz prejuízos para ambos os lados, pois ao mesmo tempo em que o profissional precisa de apoio e reconhecimento para crescer, o gestor precisa de um sucessor.
Além da atitude de insegurança revelada acima, também pode ocorrer a sobrecarga do profissional. O chefe, ao perceber que o colaborador trabalha bem sob pressão, apresenta resultados bons e dentro do prazo; passa a delegar mais tarefas ao mesmo, sem necessariamente reconhecer seu trabalho ou dar-lhe retorno por isso.
As atitudes do profissional
O profissional precisa saber dizer não. Na situação descrita acima, é preciso que haja limite. Por mais que o colaborador seja eficiente, se sobrecarregar não é justificável. Aceite apenas projetos dos quais dê conta e argumente que o excesso de trabalho é prejudicial à qualidade do mesmo.
Outro fator muito importante para o profissional é manter a humildade perante os colegas. Atitudes arrogantes e dotadas de soberba somente afastam os colegas de trabalho e influenciam na ocorrência das atitudes do grupo descritas acima. Se mantenha próximo dos colegas e não desfaça do trabalho dos outros. Por mais que no mercado haja concorrência, é possível que ela exista com respeito ao trabalho dos outros e ética.
Em suma, faça um bom trabalho sem se esquecer de que o grupo é importante. Se algumas das situações desagradáveis descritas acima acontecerem, reporte ao seu superior e, caso o problema seja com ele, seja franco e argumente, justificando de maneira fundamentada uma possível negativa. No mais, a competição corporativa continuará acontecendo, tente apenas participar dela de maneira saudável e moderada, levando mais em consideração a qualidade do seu trabalho e seu crescimento do que o destaque perante os demais. Desta forma, sem dúvidas os resultados serão sólidos e duradouros.
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