Retrabalho. Essa é uma palavra antiga, que nos acompanha desde a nossa infância e que até o momento, ainda não surgiu um termo forte, popular que a traduzisse de outra forma. Sua essência nada mais é do que o sinônimo de perda de tempo, dinheiro, paciência. Refazer algo que não atendeu as premissas traz transtornos, muda rotina de pessoas e empresas.
Nós, brasileiros, acabamos por conviver com o retrabalho, e em certos casos até o aceitamos como algo natural, o que é algo muito ruim. Quando jovenzinhos, ainda na escola, precisamos muitas vezes refazer a redação, as atividades e/ou até repetir o ano escolar. Já nesse período da vida o retrabalho gera transtornos, embora muitos dizem que ‘refazer’ na educação pode ser entendido como oportunidade de aprender.
Mas, no mercado de trabalho não existe espaço para esse ‘aprender’. Já prestei consultoria para empresas que sofrem com essa deficiência em seu corpo colaborativo. Uma delas, certa vez, me contou que cerca de 5% das atividades realizadas por suas equipes necessitavam de retrabalho, e que esse fato gerava perto de 2% de prejuízo financeiro ao ano.
Porém, como acabar ou minimizar o retrabalho dentro das organizações, ou na prestação de serviços? Sinto informar que não existe uma receita de bolo, mas há saídas as quais podemos utilizar.
A primeira delas é ao fazer um projeto ou uma ação por mais simples que seja pense nela como um todo. Começo, meio e o formato final. Delimite o que será preciso ao longo do processo. Não esqueça de colocar tempo real para tal realização. Exemplo: se é um projeto para construção civil, imagine que o fator ‘condições climáticas’ podem impactar no tempo. Escassez de mão de obra pode ser outro motivo para atrasos. Logo, tente levantar todas as variáveis.
Segundo ponto é: ao contratar colaboradores, ou prestadores de serviços, invista tempo para trazer a melhor mão de obra, aquela realmente especializada que tenha condições de atender a demanda. Se o projeto é interno, invista em perfis que terão maior afinidade com aquilo que se deseja desenvolver.
Terceiro, acompanhe cada etapa do processo. Se estiver em desacordo, pare imediatamente para corrigir percurso. Não deixe para fazer uma avaliação no final, pois aí pode ser tarde demais.
Tudo isso ainda passa por um certo grau de comprometimento das pessoas que estarão à frente destas atividades. Pessoas comprometidas são proativas, buscam soluções e têm mais propensão a enfrentar desafios do que reclamar das intempéries. Então, traga gente competente para seu lado. Recado dado, siga essas dicas e deixe o retrabalho do lado de fora de sua rotina. Boa leitura!
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