O IBGE trouxe nesta segunda quinzena de maio, uma triste e dura realidade que brasileiros dos quatro cantos do país vêm enfrentando: o desemprego que não tem recuado. Diferente de outros levantamentos, os números mostram a situação mais completa, dimensionando o tamanho da problemática.
Para o instituto são 27,3 milhões de pessoas nesta condição divididos em 13,7 milhões que estão sem emprego e o procuram; outros 4,6 milhões são as pessoas tidas como os ‘desalentos’, aquelas que deixaram de procurar. Neste universo ainda, tem os profissionais que gostariam de ter mais horas trabalhadas e que se sentem subutilizados. Esses somam 9 milhões.
Refletindo sobre os números chega-se a conclusão de que qualquer um dos cenários é uma realidade bastante desafiadora para as pessoas. Mas o que chama a atenção é o número de ‘desalentos’. Quando a pessoa chega ao ponto de desistir de procurar, mostra o cansaço e escancara a falta de esperança para o futuro.
Como consultor de carreiras não poderia deixar de ser solidário a esses cidadãos brasileiros, e dizer para eles que jamais desistam daquilo que se pretende, se não deu de um jeito, tente de outro. Se não deu, tente novamente. São nas tentativas que as oportunidades tendem a aparecer.
A primeira dica é: não deposite a fé nos representantes da política. Até porque não existe ‘Fada Madrinha’ que vai ajudar a arrumar essa situação. Isso vai ocorrer a longo prazo. Além do mais em ano de eleição, quase todos estão preocupados em como se reeleger, e para grande parte, da classe, números do IBGE, são só números. Então não espere o cenário político mudar, eles poderiam fazer mais pelos brasileiros desempregados, mas pelos histórico sabemos que isso não ocorre, então, mãos à obra: você por você.
Concentre-se e mantenha o foco de ter uma atividade, não se limite ao emprego propriamente dito. Descubra outras habilidades, outros talentos que você venha a ter. Pode ter a certeza de que você tem. Busque se atualizar. Não estou dizendo aqui para que busque cursos caros, até porque, provavelmente, seu orçamento não permitirá. Mas procure instituições que ofertam cursos rápidos, que são gratuitos. Quem tem acesso à internet, melhor ainda, há muita coisa disponível gratuitamente, uma prato cheio um convite para exercitar o estudo autodidata.
Habitue-se também a ter uma rotina. Separe espaço para o estudo e para analisar aonde estão as melhores oportunidades. Sabemos que tudo que envolve tecnologia, a crise não conseguiu atingir em cheio. Então fique de olho.
Outro ponto é não se limitar a empresas: porque não criar o seu próprio negócio? Não estou falando aqui de investimentos exorbitantes. Analise o que você tem de recursos e trabalhe com eles (aliás o seu recurso humano próprio é algo precioso, se o mercado não o absorveu, você pode usá-lo, ele é o que você tem de melhor). Se não há espaço físico, trabalhe em casa, no seu condomínio, na sua comunidade enfim encontre a melhor forma. Ofereça um serviço ou produto que a sociedade esteja precisando e com o seu talento e mão de obra própria você poderá ajudar. Essa é uma forma de se ter uma renda extra e porque não até transformar isso como a sua principal renda.
O país deve sim sair deste cenário de desemprego. Mas entraremos em um outro funil, as vagas nos próximos anos terão um outro perfil e novamente teremos um outro tipo de desemprego, daqueles que não estão acompanhando a evolução tecnológica do mercado. Então volto a repetir o que já disse no início de nossa conversa: mesmo em meio a esta tempestade, não deixe de atualizar-se, estudar e ficar atento as tendências no mercado para os próximos anos.
Para quem está fora do ‘olho do furacão’ pode até parecer fácil falar, mas como consultor posso afirmar que essas dicas simples vão lhe ajudar a atravessar esse momento difícil de sua carreira. Já vi muita gente atravessando esse período e vi muita gente sair ainda mais fortalecida após a tempestade. Torço por você!
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