Na iniciativa privada, ao contrário do serviço público, não há idade obrigatória para aposentadoria. Cada um pára quando pode e quando quer. Já conheci uma pessoa que trabalhou 75 anos na mesma empresa, da adolescência até morrer. E era feliz com isso.
A vida profissional tem várias fases. Dos 20 aos 30, a pessoa formata seus conceitos, aprende funções e começa a subir na carreira. Dos 30 aos 40, já aprendeu com seus erros e ganha qualidade nos julgamentos. Com isso, conquista cargos mais altos. Entre os 40 e 50, o profissional tem condições de ascender até a alta direção ou gerência sênior. Tem experiência e suas decisões são mais globais.
A partir dos 50 anos, após uma carreira que deve ter entre duas a três décadas, o profissional sente-se experiente e preparado para diferentes desafios. Por outro lado, fica também mais cauteloso e equilibrado em suas decisões. Conhece o mundo dos negócios, sabe lidar com pessoas. Se o desemprego acontece nessa fase, porém, a recolocação fica mais complicado. Difícil, porém, não impossível.
Um conhecimento importante é sobre o modelo de gestão das empresas. No Brasil, a maioria das organizações se baseia no modelo de administração norte-americano, que valoriza a juventude. Por isso, a melhor idade para conseguir um emprego é entre 20 e 25 anos. Isso porque o importante não é a experiência, mas o potencial do funcionário. Nas empresas que adotam o modelo europeu, esse contexto é suavizado. Não apenas a juventude importa, mas também o conhecimento específico que o profissional pode trazer.
As empresas mais abertas à contratação de funcionários sêniores são as que adotam o modelo asiático. Em muitas delas, o funcionário não chega à gerência antes dos 40 anos. Há algum tempo, trabalhei como headhunter na contratação de um controller para uma empresa japonesa. Um pedido específico: não queriam ninguém com menos de 50 anos.
Por esse raciocínio, o profissional já sabe que terá mais chances se buscar empresas com esse modelo de gestão. Mas não dá para restringir também a só isso.
Algumas dicas: o currículo é muito importante e nele devem estar as expertises, aquelas que podem somar às empresas. Demonstre que seu conhecimento é importante e que aceita novos projetos. Busque estar atualizado na sua função e também sobre o mercado e tecnologias. Esteja atento à aparência, de acordo com o cargo que deseja exercer. Utilize as redes sociais para manter contatos com colegas de trabalho, amigos e outras pessoas que possam a vir a indicá-lo para um novo emprego. Participe de grupos de discussão de profissionais de sua área, contribuindo de forma a demonstrar seu conhecimento.
Ao mesmo tempo que faz isso, monte o seu “plano B”. O empreendedorismo é uma opção possível para quem conhece o mercado. E ele não tem limite de idade ou investimento. Se for a única forma de voltar ao mercado de trabalho, vá em frente e analise suas opções.
As oportunidades existem, depende apenas de encontrar a empresa ou o negócio que esteja precisando exatamente da sua experiência e conhecimento.
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