Quando falamos em criatividade muitos pensam que ela somente se refere às áreas de criação e marketing. Mas, na verdade, ser criativo tem muito mais a ver com a capacidade de pensar em soluções inovadoras e eficazes para problemas cotidianos do que com a capacidade de ter ideias completamente revolucionárias.
Qual o diferencial de um profissional criativo?
Se o profissional tem o intuito de exercer um trabalho de destaque, que tenha valor para o mercado, ele precisa arriscar e sair da própria zona de conforto. É preciso expandir as próprias capacidades e conhecimentos, para poder tomar decisões criativas que tragam bons resultados para a empresa. Um colaborador criativo tem a capacidade de solucionar problemas, melhorar a produtividade e, para isso, possui conhecimento de mercado.
Não é fácil ser criativo, pois exige muita dedicação, mas é possível para qualquer pessoa. Às vezes, o profissional que possui a habilidade de lidar com situações de risco que envolvem muitas variáveis possui valor inestimável para uma companhia. A criatividade é a linha tênue que separa as ideias de sucesso das demais.
Qual o diferencial de uma empresa criativa?
Uma organização que se considera criativa precisa cuidar do seu capital criativo, que são os funcionários, os talentos que dali fazem parte. É preciso dar liberdade para que as pessoas exerçam sua criatividade e assim possam resolver os problemas cotidianos. O criativo é capaz de resolver problemas e encontrar formas de superar a concorrência e conquistar os clientes. Uma empresa criativa pauta suas decisões em amplo conhecimento de mercado, antecipando tendências e otimizando a própria logística do negócio. E, importante destacar: criatividade também é planejamento.
Como a criatividade pode salvar uma empresa?
Empresas criativas empregam tendências de mercado. A criatividade pode salvar uma empresa da falência, trazendo-a de volta para o público, mudando a imagem da mesma e até mesmo ampliando seu leque de negócios. Podemos tomar como exemplo duas empresas bem conhecidas: Lego e Marvel.
Em 2001 a Lego quase pediu falência e, após a grave crise, percebeu que a única saída seria diversificação. Os bloquinhos de montar já não faziam tanto sucesso quanto uma década antes, e era necessário se adaptar ao novo mercado de entretenimento infantil. Foi então que a companhia apostou no mercado promissor dos videogames. Quatro anos depois, em 2005, a empresa vendeu 7 milhões de cópias de seu primeiro jogo e recuperou o lucro. A intenção era resgatar o hábito das pessoas de comprar as pecinhas de plástico, e a saída para isso foi dar algumas peças ao consumidor que comprasse os jogos. A estratégia deu certo por vários motivos: atendeu às necessidades do consumidor da época, atingiu a nostalgia do antigo consumidor e se inseriu em novas vertentes do mercado. Após isso, a empresa ainda estabeleceu parceria com franquias conhecidas, produzindo versões digitais de grandes super-heróis montados com Lego.
Algo parecido ocorreu com a Marvel. A empresa, pioneira das histórias em quadrinhos, surgiu em 1939 e atingiu o sucesso nos anos 1960. No entanto, o tempo passou e a Marvel permaneceu produzindo apenas revistas em quadrinhos, e não percebeu que o público consumidor havia diminuído, nem que o mercado havia mudado. Em meados dos anos 1990 a falência foi inevitável. A saída para reerguer a marca foi ampliar a gama de mídias nas quais a empresa se fazia presente. A Marvel então fechou diversas parcerias que deram origem a filmes de grande sucesso com seus personagens licenciados, como Homem-Aranha, X-Men, Homem de Ferro e Thor. Hoje a franquia vale mais de 4 bilhões de dólares e faz parte do grupo Disney, que a comprou em 2009.
Os exemplos acima são apenas alguns que mostram como a criatividade pode revolucionar uma empresa. Como fica claro, a criatividade nada mais é do que a capacidade de pensar em alternativas para manter o funcionamento da empresa da melhor forma possível. Para o profissional é preciso estar sempre atualizado para lidar melhor com os problemas do cotidiano. Enquanto que para as empresas é saudável dar liberdade para que os colaboradores consigam arriscar e botar a criatividade em prática.
A criatividade é um exercício que leva em conta conhecimento, atualização e uma dose de talento. Pratique a sua e seja um diferencial no mercado.
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