Empresas também costumam sofrer com a saída de bons profissionais de seu quadro. Principalmente, se for de forma rápida. Conversando nos últimos tempos com executivos que ocupam cargos estratégicos no mercado, percebi que houve uma movimentação bastante agitada nos últimos tempos em diferentes setores, de cargos em redações de veículos de imprensa às áreas do agronegócio, em conselhos de classe à franquias.
Dessas conversas tirei algumas conclusões valiosas para quem pretende fazer essa movimentação e ao mesmo tempo deseja deixar as portas e janelas da companhia sempre abertas.
Dois relatos me chamaram a atenção. O primeiro foi de um diretor que atua no setor de agronegócio há mais de 15 anos. Ao receber uma proposta de uma nova posição em uma outra companhia ele pesou todos os prós e contras e decidiu aceitar.
Mas, em respeito e compromisso com a atual empresa, resolveu ter uma conversa bastante franca e honesta, explicando suas motivações profissionais, para onde estava indo e o que iria fazer. Além disso, aceitaria a proposta se a futura empregadora desse a ele um tempo hábil para que a atual pudesse digerir, montar um processo seletivo no qual ele poderia ajudar e ao mesmo tempo tivesse tempo para colocar a casa em dia com a equipe.
Perfeito, ele agiu corretamente. Em sua saída da companhia, a empresa até prestou homenagem a ele, dizendo que seu trabalho sempre será lembrado e que seus projetos e parcerias futuras serão bem-vindos.
Por outro lado, uma gestora da área de comunicação em uma multinacional da área de cosméticos me procurou para falar da sua grande decepção ao informar a sua chefia que havia aceitado uma proposta de estudar no exterior. Sua expectativa era que a empresa pudesse avaliar a possibilidade de mantê-la em trabalho a distância e até mesmo como ponte no país o qual está de mudanças.
Isso não ocorreu. No caso dela, pontuei que a conversa tida com o líder deveria ter sido mais amigável, jogando limpo sobre as oportunidades as quais ela como profissional terá e ao mesmo tempo quais os benefícios poderia trazer para aquela marca estando fora, fazendo uma especialização. Ainda, a empresa não poderia ter entendido sua permanência como uma ‘condição’, a de atuar em uma filial fora do Brasil. A companhia deveria receber a mensagem de que aquela oportunidade também seria benéfica para ela própria.
Em resumo: se você está nesta condição, se coloque também no lado da empresa. Pense quais as dificuldades que ela terá com a sua saída e tente ser proativo, ajudando a mesma a atravessar com menos ‘dor’ a sua saída. Certamente, você deixará portas abertas e desfrutará dos bons relacionamentos lá construídos. Boa sorte!
CCJ deve passar para as mãos do Centrão e pautas conservadoras podem ficar travadas
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Conjuntura internacional pode concretizar acordo entre Europa e Mercosul, mas Lula quer o crédito
Podcast analisa o primeiro ano de Javier Milei como presidente da Argentina
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS