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Ultimamente se fala muito em liderança ou na falta dela, seja na empresa pública ou na privada. Eu mesma já falei sobre esse tema em vários momentos. Porém, com as novas estruturas de poder, dissolvendo os centros de informação e proporcionando o acesso a novos processos, assim como, o fato de hoje termos jovens assumindo altos cargos até mesmo antes dos 30 anos, nunca é demais retomar. Esse é um assunto que não se esgota e hoje gostaria de tocar no que considero ainda ser o tendão de Aquiles de muitos líderes: como inovar e qual sua relação com o ato de delegar.

A empresa que não tem capital humano com características de criar novos sistemas ou de facilitar e promover mudanças necessárias não tem liderança e o foco de seu planejamento fica comprometido. Foto: Shutterstock

A empresa que não tem capital humano com características de criar novos sistemas ou de facilitar e promover mudanças necessárias não tem liderança e o foco de seu planejamento fica comprometido. Foto: Shutterstock

Percebo no dia a dia, nas notícias na imprensa, nas redes sociais e principalmente em minha experiência como consultor e headhunter, que uma organização terá muito mais dificuldades de competir e inovar, na medida em que o CEO que está à frente dos processos não souber enfrentar mudanças organizacionais, imperativo nos tempos atuais. Podemos dizer que a empresa que não tem esse capital humano, com essas características de criar novos sistemas ou de facilitar e promover as mudanças necessárias não tem liderança e o foco de seu planejamento fica comprometido totalmente.

Desafios dos novos modelos de gestão

É preciso criar novos sistemas de gestão, ou então, facilitar e promover a mudança em algo em funcionamento, visando inovar e melhorar, em sintonia com as condições mutantes da economia e do mercado. Para que isso ocorra, é preciso  com que os líderes das empresas aprendam a trabalhar aproveitando o potencial de sua equipe, orientando-a e criando novas formas de interligar esses interesses.

É justamente essa interligação de interesses que gera oportunidades para a inovação. Para isso, para que efetivamente a inovação ocorra em todos os seus níveis, tecnológicos e humanos, o líder precisa saber delegar, que nada mais é do que transferir para o seu funcionário a autoridade e a responsabilidade para a execução de um projeto ou de uma tarefa.

O líder que não tem essa competência, não conseguirá por muito tempo nem dar conta do trivial, quem dirá conseguir analisar e implantar mudanças e inovações.

Quais os obstáculos para aprender a delegar

Colocar o ato de delegar em prática significa maturidade do CEO porque demonstra que este sabe trabalhar em equipe, que sabe assumir riscos e inclusive, sabe que pode ganhar tempo para tarefas que somente um líder poderá executar. Isso quer dizer que está ciente de seu papel na empresa e não tem receio de abrir mão de seu êxito pessoal em prol do êxito da equipe.

Muitas vezes encontro diretores de empresa que me perguntam como delegar, se não confiam nos colaboradores. Respondo com a pergunta: e como seus funcionários podem conquistar confiança se não delegamos?

Não é possível um gestor de empresa não querer enfrentar o risco de que os seus comandados exerçam francamente a autoridade. Isso percebemos quando entramos em alguma empresa e observamos que aquela solução poderia ser rapidamente acionada, mas o funcionário fica atônito sem saber que atitude tomar. Isso prejudica o andamento da empresa, a evolução dos negócios e compromete o resultado da participação no mercado.

Um líder sempre tem que pensar na sustentabilidade da empresa e na sua sucessão. Delegar já é um forma de desenvolver aptidões especificas dos colaboradores onde o CEO pode além de treinar, observar e motivar sua equipe, com isso, consequentemente aumentar o grau de iniciativa o que leva à aumentar a inovação a partir das contribuições deles.

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