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Para as gestantes, é importante deixar claro que a gravidez não é um sinônimo de declínio da carreira, e que é apenas uma condição natural que não afeta em nada a normalidade do trabalho que já é realizado / Shutterstock
Para as gestantes, é importante deixar claro que a gravidez não é um sinônimo de declínio da carreira, e que é apenas uma condição natural que não afeta em nada a normalidade do trabalho que já é realizado / Shutterstock| Foto:

Infelizmente esse é um tema recorrente no mercado de trabalho: mulheres que se veem desrespeitadas e subjugadas como profissionais a partir do momento que engravidam. São milhares de processos tramitando na justiça, por diversos motivos ligados à gestação. Por mais que o período seja coberto por lei, que impede que a profissional seja demitida por este motivo, isso não evita que ocorram comportamentos inadequados, grosseiros e preconceituosos com as gestantes no trabalho.

Para as gestantes, é importante deixar claro que a gravidez não é um sinônimo de declínio da carreira, e que é apenas uma condição natural que não afeta em nada a normalidade do trabalho que já é realizado / Shutterstock

Para as gestantes, é importante deixar claro que a gravidez não é um sinônimo de declínio da carreira, e que é apenas uma condição natural que não afeta em nada a normalidade do trabalho que já é realizado / Shutterstock

Desvalorização das profissionais grávidas

Existe um senso comum ignorante de que a mulher grávida passa a render menos, o que categoriza a gravidez quase que como doença. A maior parte dos problemas de discriminação parte de piadinhas “inocentes” de colegas, que acham que não há problema em dizer que a profissional está de “folga”, quando ela tem uma consulta médica, ou que faz “corpo-mole” quando sente um enjoo ou sonolência. Existem ainda as pessoas que se irritam com a profissional grávida por encarar o direito à licença-maternidade como um período de férias.

E a desvalorização não se restringe a cargos operacionais ou ao preconceito dos colegas. Profissionais de alto escalão sofrem o mesmo, por mais que contribuam de maneira excepcional para a organização. Além disso, gestores são os principais algozes segundo relatos das grávidas – de ameaças de desligamento pós-licença, a nove meses de comentários grosseiros e culpabilização da gravidez por qualquer erro que seja cometido.

Como administrar a discriminação?

Em primeiro lugar, é preciso ter consciência de que a estabilidade da mulher grávida é coberta pela lei, e que o preconceito contra gestantes é crime. Se os comportamentos inadequados vierem dos colegas, o mais correto é reportar ao gestor. Se, como infelizmente é muito comum, for o gestor o autor da discriminação, o processo é a saída mais correta.

Para as gestantes, é importante deixar claro que a gravidez não é um sinônimo de declínio da carreira, e que é apenas uma condição natural que não afeta em nada a normalidade do trabalho que já é realizado. Se você está grávida: não aceite tratamento preconceituoso. Você é protegida pela lei.

O papel da empresa

Muitas empresas alegam perda de rendimento por conta da gestação das funcionárias, e até mesmo afirmam que uma profissional que tem um filho pequeno é menos adequada, pois está mais sujeita a faltar por conta disso. No entanto, este tipo de discriminação é digno de processo, pois é um comportamento enraizado no machismo, comportamento completamente inaceitável atualmente.

Empresas modernas e preocupadas com a qualidade do serviço que oferecem compreendem que o resultado é mais importante que o fato de a profissional estar ou não grávida. Flexibilidade e respeito à diversidade são características de empresas modernas que se preocupam com o próprio capital humano.

Estou grávida, e agora?

O primeiro ponto é não esconder a gravidez no trabalho. Pesquise e conheça seus direitos e imponha respeito. Não aceite comentários grosseiros como brincadeira e sempre que necessário cite as implicações legais da discriminação contra gestantes. Além da atitude segura e bem-informada, o mais importante é aproveitar esse período e cuidar para que esta nova vida que está chegando venha com tranquilidade e segurança. Afinal, é direito da mulher ser mãe, ser profissional, ser mulher.

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