Recentes levantamentos feitos pelo IBGE mostram que as mulheres continuam ganhando menos do que os homens em diferentes ocupações. Mesmo com escolaridade maior e uma queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2018, as profissionais ganham, em média, 20,5% menos que os homens no Brasil.
A resposta a essa questão envolve inúmeros fatores. O primeiro, sim está o antigo machismo por parte de homens que se veem fracos frente à mulheres no mercado de trabalho e, mesmo que inconscientemente acabam por podar a atuação feminina. O segundo é que há uma interpretação errônea por parte das empresas de que a mulher, por precisar se dedicar a família, principalmente, nas fases de gestação, tende a não trazer resultados (tema esse que já abordamos em outras colunas).
E o preconceito, que ainda existe no mercado em relação a figura feminina, confundindo o sexo frágil, com competência. E aqui, vejo um preconceito generalizado que parte inclusive da própria figura feminina em relação as mulheres, muitas vezes deixando de apoiar um profissional somente pelo fato de ser, mulher. Logo é preciso que a sociedade como um todo passe por uma maturação e comece a ver a figura profissional da mulher sem rótulos ou pré-julgamentos.
Por isso é que no mundo todo vem crescendo o empreendedorismo feminino. Apesar de enfrentarem novos obstáculos, as mulheres têm driblado as barreiras do mercado e buscado novas alternativas para conquistar o que lhes é de direito, principalmente no que se diz respeito a remuneração igualitária por um serviço prestado, ou ao reconhecimento profissional, o que de fato o mercado tradicional não tem feito.
Somente no Brasil, segundo dados do SEBRAE, hoje são 9,3 milhões de mulheres à frente de um negócio, representando 34% de todos os empreendedores formais ou informais no Brasil.
Uma das portas de entrada para a mulher de negócios são as startups, segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e de dados do The Boston Consulting Group (BCG), empresas fundadas por mulheres faturam mais quando comparada aquelas fundadas por homens, apesar da desigualdade no mercado.
No Brasil, apenas 12,7 % das startups são comandadas por mulheres, número que deve crescer nos próximos anos, devido ao alto grau de estudo e profissionalização do público feminino.
A opção por uma carreira solo é uma forma de independência da mulher no mercado de trabalho. Dentro das empresas, embora se tenha evoluído muito, existem ainda barreiras culturais que precisam ser quebradas. Por meio do empreendedorismo, as mulheres farão essa quebra pelas próprias mãos. E elas estão no caminho certo.
Se você mulher deseja ser uma empreendedora, não tenha medo, busque auxilio de consultorias especializadas em montar o seu próprio negócio. O começo de ano é um bom período para pensar nessas alternativas de carreira, certamente você terá um universo a desbravar e a conquistar.
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