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Um estudo recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que trabalhar mais de 55 horas por semana pode ser algo perigoso e até levar profissionais à morte. O levantamento vem ao encontro daquilo que sabemos na prática: corpo e mente não são de ferro, tudo tem limite e exceder oito, nove horas diárias no trabalho pode ser o estopim para uma vida pouco saudável.
Entretanto, nos últimos tempos, com o advento da pandemia, as pessoas têm se queixado de que o trabalho a distância leva a uma rotina mais elástica. Dados estatísticos do Reino Unido apontam, por exemplo, uma média de 6 horas extras por semana trabalhadas pelos profissionais britânicos em home office, no último ano.
Esses estudos e pesquisas acendem um sinal amarelo para o mercado: é hora de voltar a olhar para a essencialidade do equilíbrio entre as atividades profissionais e pessoais. Um dos pontos a ser levado em consideração neste contexto deve partir do próprio colaborador.
Cabe a quem está em casa definir uma rotina diária, separando ao máximo o trabalho e as demandas pessoais. Com isso, precisa equilibrar um e outro, destinando as horas exatas para o trabalho e os projetos que deve entregar. Se precisou se ausentar das atividades para atender a uma demanda pessoal, logo é necessário repor.
Não é porque foi realizado no ‘horário de trabalho’ que isso foi incorporado à sua rotina profissional. Logo, se teve que trabalhar até mais tarde neste dia, não se trata de horas a mais, mas sim de horas a serem repostas. Temos que ter cuidado com esse sentimento.
Outro ponto é que a liderança precisa se policiar para não demandar a equipe fora do horário de trabalho pactuado. Se as atividades não estão sendo realizadas a contento ou dentro de uma expectativa de produtividade esperada, repense a rotina, pois o problema está na quantidade ou na forma de execução. Sobrecarregar a equipe só vai trazer problemas.
Além disso, temos que aprender a separar a rotina de trabalho daquilo que é urgente e pontual. Existem momentos em que o colaborador será acionado fora do horário. Nestes casos excepcionais, deve-se atender, por uma questão de parceria e ajuda mútua da equipe.
Contudo, é preciso ter maturidade para entender essa diferença. Isso também vale para a liderança que deve somente acionar colaboradores fora do horário quando o assunto realmente não puder esperar.
Equilibrar é essencial no mundo contemporâneo. Desta forma, viveremos mais e mais felizes.