Em um mundo em que a concorrência no mercado de trabalho é extraordinariamente grande, ainda me entristece ver pessoas altamente qualificadas buscando uma oportunidade, enquanto gente incompetente desdenha de suas funções, atendendo mal clientes, parceiros, público interno e por aí vai. Como consultor, pasme, me vejo perguntando: como pode? E pode, elas estão por aí. Você certamente já deve ter se deparado com muitas nos últimos dias.
Vamos dar um exemplo bem redondo daquilo que estou falando. Dia desses, saindo de uma corporação após uma consultoria, encontrei um prestador de serviços que conheço há anos. Um profissional que tem uma equipe ímpar, competente e que entrega resultados, cumpre prazos, é parceiro em diferentes tarefas, mesmo não estando totalmente em seu escopo de trabalho. Em nossa conversa ele comentou que estava em visita àquela empresa porque eram constantes os problemas com o setor financeiro, recebimento de Nota Fiscal de prestação de serviços mensais dele, com perdas, atrasos de pagamento.
Esse meu colega relatou-me ainda que a pessoa responsável pelo setor apenas dizia “emita outra nota fiscal porque estava em férias nos últimos dias e os e-mails se extraviaram” ou “esqueci de lançar neste mês”. Por que isso ainda acontece no mercado de trabalho? E olha que não estou falando aqui de uma empresa de fundo de quintal.
Fazendo uma análise profunda desta questão chego a duas conclusões. A primeira delas é que profissionais pouco treinados, com pouca iniciativa e baixo comprometimento, e pouco senso de respeito a regras e ao próximo geralmente são as que mais apresentam esse tipo de comportamento, o que é grave pois acaba por ferir a imagem de uma organização que por muitas vezes têm excelentes produtos ou serviços.
A segunda hipótese é que, infelizmente, há no mercado empresas que orientam seus próprios colaboradores a agir desta forma, a fim de ganhar mais tempo, ou acobertar erros de processos ou ainda dar desculpa por não cumprir um compromisso assumido.
A empresa a qual citei, em conversas internas, verifiquei que se tratava do primeiro caso. O problema estava em uma pessoa mal treinada e com perfil baixo para a área. Um bom treinamento certamente resolverá o problema. Em caso de treinamento aplicado e reincidência, aí não tem jeito, é necessário trocar o colaborador por um perfil mais adequado.
No segundo caso, sugiro que o próprio colaborador troque de empresa. Não é admissível que você como profissional tenha que a todo momento ‘inventar’ desculpas, muitas vezes indo de encontro com seus valores, a fim de prejudicar fornecedores ou parceiros em detrimento de vantagens onde se vence o mais forte na cadeia econômica. Empresas como essas devem repensar seus conceitos, e se efetivamente estão fazendo isso ciente é porque há um grave problema de gestão e em tempo médio podem vir a perder bons fornecedores que contribuem diretamente para o êxito de sua existência.
Por último, quero deixar registrado ainda a pouca vivência da palavra ‘respeito’ no mundo corporativo. Se a palavra for levada ao pé da letra, muitos problemas de gestão com o público de relacionamento seriam evitados. Até mesmo, escrever um artigo como esses seria totalmente descabido. Afinal, respeito é bom e todo mundo gosta, ou ao menos todos deveriam gostar.
PEC da escala 4×3 encontrará resistência de vários lados no Congresso
Casa de autor de explosões no DF é incendiada em SC e ex-mulher fica gravemente ferida
Janja manda recado vulgar a Musk e diz grosseria para mulher da plateia
Pé no acelerador e motor esquentando: país paga caro por hiperestímulo da economia
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS