Antigamente era muito raro, mas hoje em dia já é bem comum ver executivos jovens, com menos de 40 anos, em posições de diretoria. A liderança, que antes era restrita a profissionais experientes, com uma vida corporativa construída dentro de uma única empresa, hoje abriga profissionais de variadas idades, de variados perfis e experiências.
O que mudou?
Com o passar dos anos, a relação entre profissionais e empresas mudou. Antigamente o importante era passar a vida toda em uma única organização, entrar como estagiário e ir galgando o próprio espaço ano a ano. Atualmente a tendência é mudar de companhia a cada 5 ou 6 anos, para adquirir experiências variadas e aprimorar a capacidade de lidar com diferentes públicos e equipes. Hoje em dia, o profissional de valor é plural, adaptável e resiliente. Além disso, esses trabalhadores estão cada vez mais bem qualificados, tornando a concorrência mais difícil.
Qualificação profissional
Os profissionais mais jovens, em especial os da geração Y, cresceram sob um incentivo à qualificação. A concorrência do mercado aumentou, bem como a rotatividade. Ou seja, quem está mais bem preparado, tem mais chances de crescer e se destacar, e esses indivíduos investem em preparação para estarem sempre à frente. Por conta da superioridade da qualificação destes profissionais, eles passaram a concorrer com os profissionais mais velhos e mais experientes.
Experiência x conhecimento técnico
As qualidades de destaque de cada grupo de profissionais acabam por promover um embate que depende do perfil da empresa para ser solucionado. Existem empresas que precisam da criatividade e da inventividade dos mais jovens, enquanto outras organizações precisam da expertise dos mais velhos.
O melhor, no entanto, é atingir um equilíbrio saudável entre as habilidades de ambos os grupos, e assim conseguir o que de melhor pode oferecer cada categoria de profissional.
A tendência, então, são líderes mais jovens?
Na verdade, não. A liderança não está restrita aos profissionais da geração Y, pois, apesar de estes profissionais estarem cada vez mais preparados, eles ainda são minoria. Essa tendência é reforçada pelo fato de que os profissionais da geração Y estão entrando e saindo cada vez mais cedo da faculdade. Ou seja, o tempo de trabalho não diminuiu, mas sim a carreira destes executivos tem começado cada vez mais cedo.
Por muito tempo idade foi sinônimo de experiência, e experiência foi sinônimo de competência. Hoje em dia, muitos outros pontos são levados em consideração, como inteligência emocional, adaptabilidade a novos processos e tecnologias e capacidade de executar tarefas simultâneas. Enquanto os profissionais mais velhos possuem maior inteligência emocional, os mais jovens têm mais intimidade com a tecnologia, o que revela um cenário de empate: nenhum profissional é melhor que o outro.
A boa notícia é que o clássico preconceito de que chefe bom é chefe mais velho vem caindo por terra. A maior oferta de profissionais jovens, com experiência e qualificados, tem influenciado neste novo cenário. O antigo preconceito tem dado lugar à expectativa das empresas em relação ao talento dos jovens, o que é uma postura inteligente. Afinal, se temos profissionais mais velhos e experientes e profissionais mais jovens bem qualificados, por que não unir os dois mundos? A palavra-chave para uma equipe bem sucedida é complementaridade.
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