Dia desses fui surpreendido por uma notícia de que uma startup de São Paulo havia contratado uma profissional que estava entrando em seu nono mês de gestação. Ao mesmo tempo, parei e pensei: por que notícias desta natureza ainda me surpreendiam, após anos convivendo no mundo da gestão de pessoas?
Infelizmente, tanto eu quanto você, sabemos que as empresas ainda tratam a gravidez como algo que vai ‘atrapalhar’ a rotina diária da corporação. Isso já mudou muito em respeito às leis e pelo mundo que vivemos. Mas, não é algo assimilado ainda. Essa é uma barreira que todos nós devemos ajudar a derrubar, independentemente do papel que desempenhemos no mercado de trabalho.
A notícia da startup me chamou a atenção porque a direção desta empresa aplicou, aquilo que venho defendendo há muitos anos: gravidez não é doença. Pelo contrário, é vida nova em todos os sentidos. No lado profissional, com certeza a corporação que oportunizar às mulheres que desejam ter seus bebês, terão no futuro uma pessoa muito mais madura, focada, aberta para novas experiências, ainda mais ágil na realização de suas atividades e mais eficaz nas decisões que precisa tomar.
Quer correlação melhor com o dia a dia de nosso trabalho? Esse perfil se molda ao natural, a maternidade transforma a mulher, pois ela tem nos braços um ser que depende dela para tudo. Sabendo ou não ela terá que aprender a lidar com inúmeras situações que o bebê exige e isso vai dar uma experiência que somente ela poderá ter com a sua vivência como mãe. Certamente essa experiência vivida por essa mulher será interiorizada e transmitida para outras áreas da vida, entre elas a profissional.
Então, deixo meu recado para empresários e profissionais da área de recursos humanos: veja na gravidez de suas colaboradoras algo que vai transformar aquela profissional em alguém ainda mais comprometida e ainda mais produtiva para sua companhia. Foi o que fez essa startup de São Paulo. Seu diretor, ao justificar a contratação, na ocasião declarou: “desejo o talento desta profissional, independentemente de suas decisões pessoais e planejamento familiar”. Essa sensibilidade no mercado de trabalho conta inúmeros pontos para empresas que querem se diferenciar em um mundo cada vez mais competitivo.
Para você que deseja ser mãe, minha sugestão é: não deixe de buscar o seu sonho. Se você se sente preparada e o casal está de acordo, pode ter a certeza de que, você será uma profissional ainda melhor, nada de preocupações. Convivi com centenas de mulheres que viveram essa experiência e posso afirmar que elas se apresentaram de modo diferente e muito particular após a gravidez. Pensem nisto!
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