Não raro, em nosso cotidiano ouvimos colegas de trabalho finalizar um dia ou uma semana com a frase “ a sensação que tenho é que foi improdutivo”. Pois bem, muitas das vezes isso realmente não é apenas uma sensação, mas sim uma constatação.
Ser produtivo no ambiente de trabalho requer um resultado. O problema nos dias de hoje é que fazemos muitas tarefas sem pensar exatamente no resultado efetivo. Desta forma, trabalhamos muito, mas alcançamos pouco e aí a sensação e a constatação de que a improdutividade nos ronda.
Contudo a improdutividade tem muitas caras e diversas vertentes. Vamos observar um exemplo clássico daquela pessoa que entra em uma organização. Nos primeiros meses seu entusiasmo a coloca em destaque pois está cheia de energia para fazer tarefas e implantar projetos. Porém, com o andar da carruagem, a pessoa percebe que a empresa não dá subsídios, que colegas muitas vezes não a apoiam e suas iniciativas acabam dando sempre na trave.
Esse processo acaba por podar a produtividade e aí, mais do que nunca, as empresas têm uma grande responsabilidade sobre os baixos desempenhos porque não se atentam a esses fatores que estão implícitos em profissionais produtivos.
Porém existem gargalos que levam nossa produtividade pelo ralo. Em algumas organizações são mais fortes em outras nem tanto, o fato é que elas existem. Listei para o leitor alguns desses pontos, que valem tanto para quem é empregado, quanto para quem está no papel do empregador. Contudo lembre-se: a dosagem certa é sempre o melhor remédio. Não adianta cortar, também não adianta liberar sem regras mínimas.
Internet – Não há discussão: a ferramenta é incrível, contudo dentro da sua empresa ou de sua profissão é utilizada para quê? Em um piscar de olhos o mundo virtual nos consome horas e quando você vê a lista de afazeres está lotada. Então, cuidado com o excesso de pesquisas feitas na rede. Quando procurar vá direto ao ponto. Depois que aprendeu exercite seu conhecimento, não recorra a todo momento a buscas em algo que você já sabe. Otimize.
Fofoca – Esse assunto é recorrente em minhas conversas dentro das organizações. A fofoca, além de comprometer o clima organizacional, é também uma ‘ladra’ de horas, pois além de não levar a nada, semeia a discórdia e potencializa a improdutividade. E a lista de afazeres cresce na mesa das pessoas.
Email – Outra ferramenta imprescindível no ambiente de trabalho. Mas será que toda vez que entra um e-mail na caixa é necessário parar tudo para respondê-lo? Na maioria das vezes, não. Toda vez que você tem essa atitude você para o que está fazendo perdendo a concentração para se ater a outro assunto. Então busque métodos que otimizem a consulta da caixa. Em meu caso, por exemplo, abro de tempos em tempos. Encontre a melhor maneira de geri-lo.
Aplicativos de Mensagens Instantâneas – Segue a mesma linha dos e-mails, com um agravante: chega a ser uma falta de polidez a pessoa estar conversando com um colega in locco e ao entrar uma mensagem instantânea, parar o diálogo para visualizar a mensagem. Calma, se for importante a mensagem não irá fugir. Termine o que está fazendo e muito cuidado com discussões infindáveis que os grupos online nos trazem diariamente. Eles são um convite também para a improdutividade.
Fumódromo – Nos dias de hoje essa figura tem sido cada vez menos vista dentro das empresas. Mas o hábito de fumar também é um vilão que consome tempo. Além de turbinar a improdutividade, o fumódromo também é um ambiente em que, muitas vezes assuntos não relacionados a empresa são tratados e lá se vão horas de ‘trabalho’ virando fumaça.
Interrupção – No ambiente corporativo, principalmente aqueles compartilhados, cuidado para não interromper colegas de trabalho sem que haja a real necessidade. Às vezes você quer fazer um comentário de algo que está fazendo, e de quebra, tira a concentração do colega, fomentando assim a improdutividade. Pode compartilhar, sim. Mas é necessário ter a sensibilidade de quando fazê-lo.
Perfeccionismo – Visto por muitos profissionais com um ‘predicado’, ele pode também ser um grande causador de improdutividade. Seu excesso atrasa processos e em cadeia gera perda de horas.
Falta de método de gestão – Empresas que não deixam claros seus processos não sabem como medir a produtividade.
Papo paralelo – Cuidado também com conversas paralelas. Somente o essencial com o colega ao lado. Se for necessário um papo mais longo, chame a pessoa para o cafezinho, para uma sala de reuniões ou algo parecido, mas evite ao máximo fazer próximo das estações de trabalho para não atrapalhar os colegas que não tem nada a ver com o assunto. Falar alto então, nem pensar. Essa atitude desconcentra até a empresa vizinha.
Reuniões improdutivas – Outro assunto recorrente nas empresas. Se não planejada é um forte aliado da improdutividade.
Ergonomia – Ambientes que não valorizam a saúde dos colaboradores são propícios a fomentar a improdutividade.
Por último, habitue-se a fazer pequenas pausas no seu dia a dia de trabalho. Concentre-se naquilo que você está fazendo e dê a você o ‘prêmio’ de uma pausa para um café ou uma esticada no corpo. Você vai ver que ao final do dia ou da semana a sensação de improdutividade não fará parte de seu repertório.
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