Pela lei, empresas com 100 funcionários devem ter entre seus trabalhadores 2% de deficientes. Esse índice aumenta conforme o quadro de trabalhadores, chegando a 5% para empresas com mais de mil funcionários. A regra vale para todos – não importa o segmento ou área de atuação. Entende-se que sempre vai haver uma função que possa ser exercida por alguém com necessidades especiais.
Segundo dados do IBGE, 6,5% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência. Então, há milhões de pessoas nessa situação. Nada mais justo que uma lei para protegê-las e auxiliá-las. Afinal, o mercado de trabalho está difícil para todos.
Tenho visto ao longo de minha vida profissional a importância do empresariado estar atento a essas questões. Mais que seguir a lei, é relevante ter um papel social, ajudar a minimizar o preconceito e incentivar a inclusão. Tive experiências em empresas onde trabalhei, em que a presença de colaboradores com deficiência fazia com que os outros funcionários se sentissem mais orgulhosos e participativos. Por isso, posso dizer que a convivência com as pessoas que trabalham superando alguma dificuldade física ou mental aumenta a produtividade como um todo. É como se aqueles que não apresentam deficiência adquirissem uma nova perspectiva, um novo olhar sobre o que pode e precisa ser feito.
Mas não basta contratar a pessoa com deficiência. É preciso oferecer um ambiente de trabalho receptivo e condições adequadas. O indicado é que os departamentos de Recursos Humanos preparem os demais funcionários para receber e conviver com essas pessoas. Treinamentos, dinâmicas de grupo e instruções claras podem ajudar. O tratamento com os colegas deficientes deve ser respeitoso, mas sem condescendência. Afinal, todos estão na empresa para produzir e essa produção deve ser cobrada e reconhecida, independente da condição desse colaborador.
O que posso garantir é que o ambiente de trabalho ficará bem melhor com a convivência entre pessoas diferentes. Ganham os trabalhadores, ganham as empresas.
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