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Não seria repetitivo afirmar que “a gestão de pessoas no mercado de trabalho evoluiu a passos largos nas últimas décadas”. Isto porque, quando olhamos o mundo corporativo do final do século, comparando à gestão nos dias de hoje, fica fácil perceber essas mudanças profundas. Porém, quando tentamos fazer a mesma comparação com tempos recentes, fica um tanto mais obscuro, até porque estamos vivendo essa transformação agora.

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E é justamente neste ponto que precisamos atentar: o que muda na gestão de pessoas nos dias de hoje para que se tenha uma projeção satisfatória no futuro? Para ilustrar, vou me ater apenas a um desses pontos - e olha que eles não são poucos.

Peguemos o exemplo da forma de trabalho que temos hoje, em que as pessoas, cada vez mais, fazem uma fusão entre suas demandas da vida pessoal e as necessidades da vida corporativa. Pouco tempo atrás, isso era inadmissível. As empresas eram taxativas em dizer que não se leva problemas familiares ou pessoais para o trabalho.

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Mas isso vem mudando drasticamente. A pandemia deu um bom empurrão neste sentido e o inverso aconteceu: as pessoas levaram o trabalho para casa. Isso vem ganhando força na medida em que as tecnologias facilitam a execução de atividades em casa. Então temos um cenário bastante efervescente neste sentido.

Pois não há realmente como separar uma pessoa em duas. Demoramos para perceber isso. Nós sempre seremos os mesmos em qualquer lugar em que estivermos, por mais que as empresas tenham resistência em aceitar. É impossível uma pessoa não levar para seu local de atividade profissional algumas de suas angústias ou demandas da vida pessoal.

O jeito então é saber dosar. Primeiramente, a liderança precisa ser preparada para isso, principalmente aqueles que já estão acostumados a um formato mais tradicional de lidar com pessoas. A primeira coisa a se fazer é estabelecer uma relação de maior confiança com os colaboradores e pactuar resultados e entregas.

É preciso deixar claro para os colaboradores que não existe restrição em trazer demandas pessoais para o trabalho, mas que a via precisa ser de mão dupla. Isso significa que, quando a empresa necessitar, é preciso também dar a sua contribuição. A regra do jogo continua sendo: as pessoas precisam executar suas tarefas conforme o que foi combinado. O que muda é a forma de fazer, já que os resultados precisam estar presentes e serem cada vez melhores.

Logo, vejo que a saída para tal questão está na área de Recursos Humanos, em que um bom programa pode ajudar a liderança a analisar esse novo momento. Dessa forma, consegue-se construir um ambiente saudável para se trabalhar com os colaboradores, independentemente de onde estejam. Os resultados vão depender da dedicação e da maturidade das pessoas. Pensemos nisto!

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