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Além dos problemas sanitários que a Covid-19 traz, ela gera problemas econômicos e sociais profundos e a longo prazo. E o mercado de trabalho, por óbvio, também é afetado. Por isso, com o advento da vacina, todos precisamos estar aptos a receber a imunização.
Este é o momento de assumirmos nossa responsabilidade, de sermos mais espertos que o vírus, deixar a ideologia de lado e entender que a pandemia do coronavirus é um problema de todos nós: governos de todas as esferas, empresas de todos os portes, sociedade como um todo, da família e um problema também individual. Todos, sem exceção, têm responsabilidade para o freio deste vírus, pois todos podem ser acometidos de forma negativa ou positiva, dependendo de ação de cada grupo ou pessoa.
Desta forma, a vacinação precisa abranger o número máximo de pessoas se quisermos efetivamente ter nosso ‘normal’ de volta. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) disse que a vacinação contra a Covid-19 é obrigatória visando um bem coletivo. Empresas, ao observarem a decisão, se questionam: mas como obrigar uma pessoa a se vacinar se ela não quiser? A resposta vem do Ministério Público do Trabalho (MPT), que divulgou um guia de recomendações em que as companhias podem se basear. Vale a consulta.
O fato é que não há muitas novidades em relação a outros planos de imunização. Há hoje muitas restrições para pessoas que rejeitam outros tipos de vacinas. As empresas, obviamente, não podem obrigar ninguém a se vacinar. Contudo, têm o papel de fazer uma comunicação eficiente de esclarecimento entre a equipe interna e, quando possível, até promovendo campanhas internas de vacinação quando as doses forem disponibilizadas em quantidade farta.
O colaborador que mesmo assim se recusar pode até receber uma demissão por justa causa. Não é algo simples, mas pode. Porém, sabe-se que quem se recusa a tomar uma dose para evitar uma doença tão perigosa está pensando somente em si próprio e não no coletivo. O individualismo, hoje, é uma característica bastante rechaçada pelo mercado de trabalho. É claro que, se a pessoa tiver alguma restrição à vacina, obviamente, é só apresentar um documento e tudo certo. Uma coisa é não poder tomar, outra é não tomar porque ‘simplesmente o grupo do Whatspp da família disse que não é confiável’. Isso fere a coletividade.
As empresas estão levando tão a sério essa necessidade que já surgem movimentos para aquisição de vacinas para campanhas internas, assim que isso for permitido. Um dos mais comentados nos últimos dias é o liderado pela empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza. Trata-se de uma iniciativa ousada que extrapola os portões das empresas e pretende vacinar todos os brasileiros contra a covid-19 até setembro de 2021. Batizada de Unidos pela Vacina, o projeto é coordenado pelo grupo Mulheres do Brasil, liderado pela empresária e que tem hoje mais de 75 mil mulheres no Brasil e no mundo. Em uma conta na rede social Luiza afirma que o movimento quer ajudar a garantir que as vacinas cheguem a qualquer ponto do país, superando todo e qualquer obstáculo - e os empresários brasileiros podem contribuir para isso.
Se você é daqueles que acredita que vacina não salva vidas, que cai na arapuca de que tudo foi feito às pressas sem pesquisas, que sua eficácia é duvidosa ou que tudo não passa de uma conspiração, fica uma dica: leia, releia, questione, pesquise, busque entender. Certamente isso vai lhe abrir a mente e você terá muito a contribuir com o mercado de trabalho e ajudará a levar segurança ao mundo corporativo. Pessoas que pensam no coletivo são bem-vindas em praticamente 99% das empresas. Pense nisso!