![Perdi meu emprego: quais as opções? Perder o emprego pode ser uma situação delicada, mas existem formas de lidar bem com isso / Foto: Shutterstock](https://media.gazetadopovo.com.br/vozes/2015/03/demissao-por-justa-causa-b112cdde.jpg)
O desligamento é uma realidade possível para qualquer profissional, em especial para os que atuam na iniciativa privada. E, em ano de crise, o fantasma da demissão assombra muita gente. Infelizmente é preciso ser realista e saber que a possibilidade existe, por mais que se torça para que ela nunca se realize. Mas, e se acontecer? Como reagir a uma demissão? Coaching, especialização, mudança de área?
Autoavaliação em primeiro lugar
Quando ocorre uma demissão, o profissional deve, primeiramente, avaliar a si mesmo. Desde suas habilidades técnicas até as comportamentais, passando pelo seu nível de atualização. É preciso ser sincero consigo mesmo: eu poderia ter evitado o desligamento? E agora que estou disponível para o mercado, eu tenho o que as empresas procuram?
Quando uma organização opta por desligar profissionais por corte de gastos, os argumentos levados em consideração em geral se relacionam ao que aquele colaborador significa para a empresa. Quem entrega muito, carrega muitas responsabilidades ou ocupa uma posição estratégica dificilmente se torna opção. Portanto, antes mesmo que ocorra um desligamento, vale a pena se observar e concluir: eu faço falta na empresa?
Outros pontos que podem contribuir para que o profissional perca o emprego são o comportamental – atualmente tão valorizado quanto o preparo técnico – e o nível de atualização do profissional. As relações interpessoais estabelecidas no ambiente profissional interferem diretamente no clima da organização, e um bom clima interno é indispensável, em especial em tempos de crise. Quando ao nível de atualização, ele reflete a preocupação do profissional com a própria carreira. As empresas enxergam profissionais que estagnam e param de estudar como colaboradores pouco dedicados e acomodados.
Coaching
O processo de coaching atua diretamente no comportamento do profissional, aliando conhecimentos psicológicos, de recursos humanos e de planejamento estratégico. Caso o profissional demitido conclua que seus maiores gaps estão no comportamental, este processo pode ajudar muito. O coaching proporciona uma profunda autoavaliação, que resulta em maior autoconfiança, segurança para inovar e se desenvolver, e assim alcançar metas importantes no ambiente profissional.
Especialização
Se após uma autoavaliação você concluir que precisa se atualizar mais, que precisa oferecer mais conhecimentos para o mercado, uma especialização pode ser uma ótima saída. Momentos economicamente desfavoráveis podem ser bastante propícios para profissionais que se envolvem em áreas de controle de crise – e estas áreas vão do financeiro ao marketing, passando pelo operacional. Há possibilidade e espaço para todo mundo.
Mudança de área
No entanto, se após sua autoavaliação você notar que não há mais ânimo para trabalhar com a mesma coisa, talvez a demissão sirva para te ajudar a encontrar o que realmente gosta, e fazer diferente, construir uma carreira mais aprofundada, se preparando melhor. É preciso, todavia, planejar a mudança de carreira e ter foco – sabe-se que uma carreira de sucesso é construída nos mínimos detalhes, e demanda tempo para a consolidação. Além do mais, caso tenha optado pelo turn over, tente aliar seus anseios profissionais às necessidades de mercado – e assim passar longe da demissão em outros momentos de crise.
A demissão não é um momento fácil para nenhum dos lados. Para a empresa custa caro, e ela corre o risco de perder um profissional com potencial. Para o profissional, o desligamento afeta profundamente a autoestima. Mas, como o mercado está sempre passível se sofrer crises, estas situações muitas vezes se tornam inevitáveis. Para as empresas, é importante calcular riscos, avaliar se a demissão é mesmo a única saída. Para o profissional, é importante encarar o momento com racionalidade. Seja a opção escolhida coaching, mudança de área ou especialização, é preciso que ela tenha sido pensada e que satisfaça anseios profissionais. Se sentir feliz com a própria carreira é o primeiro passo para realizar um trabalho de qualidade – e se tornar disputado pelo mercado.
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