Recentemente li uma reportagem em uma revista semanal que trazia um interessante levantamento sobre o mercado de trabalho brasileiro. A publicação trazia o grau de satisfação das pessoas que hoje estão empregadas no país. Pasmem, mesmo em um mercado com um gigantesco contingente de pessoas a procura de uma oportunidade, 70% dos que atualmente estão trabalhando, se dizem insatisfeitas e/ou gostariam de pedir demissão dos cargos.
É uma triste realidade e que se solidifica em tempos de crise. Quando se tem um mercado com milhões de desempregados, quem está dentro, acaba por ter que ‘suportar’ algumas questões que normalmente não teriam paciência se o cenário fosse outro. Não só os profissionais perdem com isso, mas a sociedade como um todo que acaba por receber serviços inadequados e as próprias empresas que acabam amargando prejuízos com equipes insatisfeitas.
Mas são as empresas, em sua grande maioria, as responsáveis por esse cenário. De certa forma é a corporação que tem nas mãos o papel de fazer movimentos que possam melhorar o ânimo interno. Vejo neste cenário, três grandes vertentes que causam insatisfação.
A primeira delas é quando empresas se juntam com outras marcas e o processo não é bem digerido, pois há uma mudança brusca de cultura, do jeito de se fazer as atividades. Isso gera angustia e desmotivação, impactando no rendimento.
Outro ponto é não dar atenção ao clima organizacional. Sentir de tempos em tempos como anda o ambiente geral, por setor e mesmo medir o relacionamento interpessoal é de extrema importância para que as equipes possam se manter motivadas e produtivas.
Outro ponto preponderante é a chefia. Quando a liderança não é bem preparada para dar feedback, quando não reconhece o valor do trabalho do outro, ou mesmo tem o terrível hábito de eleger seus ‘queridinhos’, o resultado só pode ser desastroso. Existe ainda aquele chefe que não entende nada tecnicamente – isso então, acaba sendo um dos fatores que mais irritam colaboradores e consequentemente mais provoca insatisfação.
Por isso, as empresas devem ficar atentas a esses fatores internos. Não basta selecionar os melhores profissionais no mercado de trabalho. É preciso saber conduzir essa equipe. Isso é investimento e é retorno na certa. Equipe entrosada e feliz é resultado certeiro no final do mês.
Mas para aqueles profissionais que efetivamente passam por essa situação e que desejam pedir a demissão, dou duas dicas: a primeira delas é prepare-se financeiramente para ter uma ‘gordura’ para suportar ao menos três a quatro meses de uma possível recolocação.
E por fim, depois de sair da atual empresa, não fique’ gritando’ aos quatro cantos que a empresa anterior não prestava, que o Recursos Humanos da mesma não é eficiente, que os colaboradores não são entrosados e/ou que a chefia não tem conhecimento técnico e por aí vai. Se você se expressar desta forma, o mercado vai lhe interpretar muito mal e sua recolocação pode não acontecer tão cedo ou até nem mesmo nem se efetivar. Pense nisso e seja feliz no trabalho que decidiu executar!
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