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É certo que no mercado de trabalho, em um período pandêmico, existem alguns oásis em que certos setores crescem e veem a crise à distância. Mas para a maioria das atividades, a vida em meio à crise do coronavírus traz preocupações e a necessidade de apertar os cintos.
Se isso é vivido por grande parte empresas, certamente, colaboradores também sentirão essa pressão. Porém, as crises econômicas são fatores que, infelizmente, fazem parte da vida das corporações, sejam essas crises globais ou nacionais. O importante, neste contexto, é manter o foco, o diálogo entre a equipe e buscar incansavelmente as oportunidades.
E o colaborador como fica neste cenário?
Gosto de relembrar ao leitor que, mesmo em momentos de pouca bonança, é possível manter a equipe motivada, recompensando os bons talentos. Afinal de contas, quando se tem uma tempestade, é necessário ter bons profissionais a bordo para manter a casa em ordem.
As crises exigem mudanças no sistema de gestão com novas ferramentas de valorização das equipes, já que sabemos que recompensar aumenta o engajamento das pessoas e, também, melhora o resultado da organização.
Em épocas de estabilidade econômica, a premiação ocorre por meio de bônus, porcentagens variáveis de salários sobre os resultados e promoções. Mas como gratificar se as empresas estão em dificuldades? Como pagar a variável se temos encolhimento de companhias e não crescimento? E, ainda, como promover, se estamos enxugando cargos e não fazendo novas ofertas?
Obviamente, precisamos ser muito criativos para desenvolver estas novas ferramentas de premiação. Uma delas, que tem custo é menor e permite que os colaboradores sejam gratificados, é o desenvolvimento profissional proporcionado pela organização, ou seja, não envolve diretamente valores monetários, mas atualizações. Cursos, por exemplo, são uma forma de garantir a participação em um evento, mesmo que a distância, incentivando atividades fora da empresa.
Outro ponto é investir tempo em uma comunicação interna bastante estratégica, motivacional e focada no momento. Recompensar publicamente méritos de colaboradores também é tática eficaz. O reconhecimento por um feito, muitas vezes, vale mais que um bônus.
Se a maré não está favorável neste momento, o ideal é trabalhar com o que se tem em mãos. E a área de gestão de pessoas tem papel fundamental neste contexto. Criar estratégias, manter a equipe e cultivar a produção em níveis aceitáveis precisam ser ações do dia a dia.
O reconhecimento de hoje pode ser feito em pequenos gestos, para que, no amanhã, ao findar da crise, o reconhecimento também possa estar atrelado a algo financeiro. Pensemos nisso!