A profissão é uma parte importante da vida. Você passa no trabalho cerca de um terço de seu tempo. Então, é fundamental que seja algo prazeroso. Não é incomum ver pessoas que optam por uma mudança profissional radical. Tenho um caso bem próximo, inclusive. Meu filho, Bernardo, cirurgião, resolveu deixar a medicina para dedicar-se à área de administração, um curso de que iniciou quando jovem. Hoje, é o CEO da De Bernt e está implantando nossa unidade em Miami. Ele está feliz e realizado com essa mudança. Também conheço o vice-presidente de uma instituição financeira que comprou uma pousada no Nordeste e virou hoteleiro. Este não tenho certeza como está, mas fez sua escolha e seguiu seu sonho. Como deve ser.
Mas o que faz com que um profissional opte por uma mudança tão radical? Normalmente, essas mudanças são fruto de decisões repentinas. A paixão por uma nova atividade ou um lugar faz com que a escolha seja impulsiva. É preciso saber que 50% dessas mudanças não dão certo. O indivíduo percebe que o segundo sonho não é tão perfeito e não corresponde ao esperado. Isso não é errado, é preciso sempre ter flexibilidade e voltar atrás numa decisão faz parte da vida. Tentar, errar, acertar, tudo parte do aprendizado.
Minha recomendação é estar atento aos sintomas que aumentam a sensibilidade para novas alternativas de vida. A primeira delas é a frustração, que pode ser ligada ao tipo de trabalho, à chefia ou mesmo à rotina. Quem se vê em um emprego aquém de suas possibilidades e sonhos não só pode como deve pensar em mudanças.
No mercado de trabalho, o tema já foi tratado com muito preconceito. Dependendo do tipo de mudança, quando aparentemente o profissional “desceu” degraus na vida financeira e social, pode ainda haver uma reação negativa. Porém, cada vez mais existe uma visão geral de que a busca da felicidade é um motivo bastante razoável para as mudanças radicais. Mesmo empresas que viram seus profissionais mudarem, os aceitam de volta caso o sonho da segunda profissão não traga o resultado esperado. Afinal, eles voltam com a mesma competência e novas experiências.
O que posso dizer é que as pessoas não podem abrir mão da felicidade. Se ele não está na sua profissão, descubra onde está e vá em busca dela.
-
Lula ignora ataques de Maduro ao Brasil para manter diálogo com ditadura venezuelana
-
Lula, as falas do ditador Maduro e o TSE longe da Venezuela; ouça o podcast
-
Janja em Paris: o que a representante do governo brasileiro fará durante as Olimpíadas
-
Risco de bandeira vermelha: conta de luz pode ficar ainda mais cara nos próximos meses
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS