Todos os protocolos secretos que vimos na coluna anterior abriram o caminho para um plano ainda mais mordaz: Hitler convidou Stalin para participar do Eixo... Stalin aceitou o convite e enviou suas condições.
Molotov entregou por telegrama essas condições a Ribbentrop para a União Soviética fazer parte do Eixo.
Isso pegou muito mal: aquele que sempre se julgou o baluarte contra o fascismo, agora queria se aliar a ele
O negócio ficou tão feio para os comunistas que depois que os americanos descobriram os documentos alemães, os comunistas tiveram que negar e mentir sobre esses acordos até a queda do regime.
Rios de tinta de propaganda soviética escorreram para tentar apagar essa vergonha.
Na página 205 da obra "Stalin", do historiador russo Oleg Khlevniuk, vemos onde começou esse “argumentinho” furado e joga uma pá de cal nele sem pena. Veja se não é o mesmo “discurssinho” furado dos “stalinistas de apartamento” de hoje: “Tem se declarado, contudo, que Stalin nunca cogitou seriamente essa proposta de Hitler de formar um pacto quadrilateral e que as demandas enviadas a Berlim, em 25 de novembro, eram apenas uma tática moratória, projetada com a intenção de ser inaceitável para a Alemanha.”
Mas faz todo o sentido mesmo: por que você acharia que depois de Stalin ter feito todos esses pactos vergonhosos com Hitler, destruído a Polônia, massacrado dezenas de milhares de poloneses, ter negado e escondido o que fez; e aí justamente nesse tratado, que acabou vazando, eles dizem que não queriam que os nazistas aceitassem as condições? Algo de errado não está certo!
O professor explica como desde aquela época os comunistas eram mentirosos; mas nem mentir eles mentem direito. O professor diz que o principal argumento usado pelos “minions” de Stalin é um relato que apareceu anos depois de um membro do partido Tchaadaiev, em uma reunião que aconteceu.
Agora presta atenção no lugar e na data, que são importantes: 14 de novembro de 1940 em Moscou. Nessa reunião ele tomou notas enquanto Molotov falava sobre as negociações em Berlim. Essa parece ser realmente uma prova definitiva de um membro de dentro do partido na presença de Stalin e Molotov relatando o que ouvia, certo? Errado!
Pois é! Já de cara tem dois problemões nessa nota de Tchaadaiev: o dia e o local. Como ele estaria em uma reunião em Moscou, junto com Stalin e Molotov no dia 14 de novembro, se no dia 14 de novembro Molotov ainda estava em Berlim retornando para Moscou? Pode ser que Tchaadaiev tenha errado o dia e o local né, mas aí nesse caso Stalin tinha que estar em Berlim também. Porém, a gente sabe que nessa época Stalin nem tirou o "traseiro" da mãe "Ráxia".
Vamos lembrar que Molotov e sua comitiva foram e voltaram de trem, e hoje o trem mais rápido de Berlim a Moscou leva 23 horas... Só! Então a menos que comunistas soubessem parar o tempo, nem "ferrando" ele chegaria em Moscou no mesmo dia que partiu de Berlim a tempo de ainda fazer uma reunião para discutir a proposta de Hitler.
Ou seja, Tchaadaiev mentiu muito, e ainda mentiu errado! E as mentiras não param: o professor Khlevniuk segue mostrando mais evidências dessa falsidade comunista. Stalin queria muito fazer parte do Eixo! Ele queria tanto, mas tanto, que para agradar Hitler, fez até propaganda nazista dentro da União Soviética. Na próxima coluna eu te conto melhor esse babado...
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS